O Presidente da maior potência económica (EUA), Barack Obama, reuniu com o primeiro-ministro da segunda maior economia mundial (China), We Jibao, num dos países mais pobres do mundo, Camboja. Na agenda consta a definição de “regras claras” no plano comercial.
Um G2 de ricos num país de pobres. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos da América, a maior potência económica, reuniu com We Jibao, primeiro-ministro da China, o gigante asiático que ameaça destronar a economia norte-americana, no Camboja, país onde um terço da população vivia, em 2011, abaixo do limiar da pobreza (segundo dados da agência norte-americana CIA).
Foi o primeiro encontro entre dois dirigentes das duas maiores economias mundiais desde que Obama foi reeleito e que o comité central do Partido Comunista da China mudou de membros e anunciou o futuro Presidente, Xi Jinping. A cimeira ocorreu em paralelo com uma conferência da Associação de Nações do Sudeste Asiático e coincide com um avolumar da tensão no Mar da China Meridional.
Contudo, nenhum dos dois dirigentes falou sobre as crescentes disputas territoriais marítimas na região, preferindo salientar o caráter economicista do encontro. A China e os EUA têm “a responsabilidade especial” de promover, em conjunto, um crescimento sustentável e equilibrado da economia mundial, mas para que isso aconteça é preciso definir “regras claras” no plano comercial, afirmou Barack Obama.
Wen Jiabao devolveu os argumentos, salientando a importância das relações bilaterais entre as duas potências para “a paz, estabilidade e prosperidade” da região Ásia-Pacífico, com reflexos no resto do mundo. O primeiro-ministro chinês salientou ainda o empenho em acelerar os acordos de comércio livre entre os dois países.
