A terceira e derradeira jornada do fim-de-semana de corridas no Circuito da Boavista não teve o sabor a despedida, com corridas que mostram que os automóveis podem e devem voltar ao traçado portuense dentro de dois anos, como tem sido apanágio desde 2003.
Se é certo que o ‘prato principal’ era o WTCC, a verdade é que houve outras provas para seguir, e que suscitavam interesse, como é o caso da Supercar Series do Campeonato de Portugal de Circuitos, que reunia os melhores GT de equipas nacionais.
A prova dominada inicialmente por Pedro Salvador e António Nogueira, com o primeiro a aguentar a forte pressão exercida por José Pedro Fontes, imprimindo um ritmo forte até à interrupção da prova devido ao acidente sofrido por Gonçalo Manahu na zona da Vilarinha.
Tudo mudaria na segunda ronda de ‘pit stops’, com Manuel Gião a passar para o comando, diante de António Coimbra, que mais tarde se atrasaria quando o segundo Mercedes SLS começou a ter problemas com o fecho de uma das suas portas ‘asa de gaivota’.
Descartada a possibilidade da segunda dupla da Sports&You chegar ao pódio, Carlos Vieira passou a liderar com o Audi R8 que recebeu das mãos de Mikko Eskelinen, que o guiou após o turbo de César Campaniço. O piloto de Braga fez então um derradeiro turno de condução sem erros e garantiu o triunfo para o primeiro carro do Team Novadriver.
Na segunda posição, depois de receber o Porsche 997 das mãos de António Nogueira, Pedro Salvador garantiu a segunda posição, tendo um último turno de condução mais tranquilo, já que Manuel Gião e José Pedro Fontes se entregaram a um acesso duelo pelo terceiro posto.
Tiago Reis levou a melhor na na segunda corrida do fim-de-semana do Campeonato de Portugal de Protótipos, ainda que o seu Norma tenha ficado envolto em fumo após cortar a linha de meta, numa corrida onde se sentiu a ausência de Pedro Salvador, devido aos problemas mecânicos no seu Juno.
Apesar de arrancar da ‘pole position’, Gonçalo Araújo não conseguiu tirar partido desse facto para repetir o êxito da véspera, sendo remetido para o segundo lugar desde início, acabando por soçobrar com a meta à vista, caindo para a quarta posição.
Luís Martins efetuou uma prova notável, já que arrancando apenas da oitava posição da grelha depressa se guindou à terceira posição, que manteve até final vindo a herdar o segundo posto depois dos problemas mecânicos sentidos por Araújo.
A segunda corrida do Campeonato e Taça de Portugal de Clássicos teve um denominador comum com o confronto de sábado; o nome do vencedor. Ainda que Luís de Barros tenha partido de uma posição recuada para voltar a impor o seu Porsche 930 Turbo.
Nos Classicos 1300 houve surpresa, pois quando parecia que Miguel Ferreira iria chamar a si a vitória foi Alexandre Beirão e o seu Alfa Romeo Sprint, enquanto que nos Pós Históricos Jorge Petiz voltou a ‘passear’ o seu impressionante e sempre atual BMW M3. Apesar de neste segundo confronto da competição a sua corrida ter sido valorizada pela presença até final de Fernando Peres e o seu Ford Sierra Cosworth.
Por último, uma menção para Joaquim Machado, que venceu a segunda corrida do Troféu 500 Abarth, aproveitando os problemas de transmissão que impediram o triunfo de Nuno Cardoso.
Fotos: Armindo Cerqueira/FOTO GTI
