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“Tudo tem servido para o Governo procurar disfarçar o indisfarçável”

O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho arrasou o executivo de António Costa, a partir da crise no SEF e da reestruturação da TAP.

“Tudo tem servido para procurar disfarçar o indisfarçável”, criticou o antigo presidente do PSD, ao discursar na homenagem ao fundador da CUF, Alfredo da Silva.

O Governo de António Costa tem uma “superior dificuldade em admitir as falhas graves incorridas ao não se ter atuado prontamente, com diligência e sentido de defesa do interesse público”, acusou.

Como exemplo, Passos Coelho lembrou a “incompreensível inação” perante a morte, em março, de um cidadão ucraniano em instalações do SEF, no aeroporto de Lisboa.

Por causa desse caso, a autoridade do Estado ficou “seriamente abalada” e a confiança nas instituições públicas “beliscada”.

 O antigo primeiro-ministro visou de seguida “a incompreensível relutância em defender o Estado da fuga às responsabilidades dos seus dirigentes, que antes preferem lançar o opróbrio injusto sobre toda a força de segurança em causa, nomeadamente apontando para o seu esvaziamento funcional em vez da simples e pronta assunção de responsabilidades”.

Da crise do SEF, Passos Coelho passou para a reestruturação da TAP, com o Governo a pretender “canalizar” para a empresa “o que lhe falta na saúde, na educação, na ciência ou na ajuda à economia”.

Insistindo que o Governo vai injetar dinheiro “numa TAP redimensionada, com milhares de despedimentos inevitáveis, menos aviões e menos atividade”, o ex-governante frisou que o executivo de Costa continua sem “explicar ao país que apenas o fará porque reverteu uma privatização que vários Governos procuraram, embora só um tivesse conseguido realizar”, no caso um Governo liderado pelo próprio Passos Coelho.

“A fatura que o Governo se prepara para endossar será suportada por muitos anos, por muitos Governos e demasiados contribuintes a quem o Estado não vê hoje com respeito nem parcimónia”, concluiu.

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