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Troika vai flexibilizar meta do défice com “a viola no saco”, antecipa Marcelo

marcelo rebelo sousaA troika vai deixar a economia e “pensar politicamente” nas próximas avaliações, flexibilizando a meta do défice em Portugal. O prognóstico é de Marcelo Rebelo de Sousa, confiante de que os credores vão “meter a viola no saco” para evitar criar “um problema” semelhante à Grécia.

Portugal não é a Grécia, têm comentado vários agentes políticos nos últimos anos, e a prova deverá vir ainda este ano, considerou Marcelo Rebelo de Sousa. No comentário dominical para a TVI, o ex-líder do PSD afirmou que é tempo dos credores meterem “a viola no saco” durante as próximas negociações.

“A troika não tem outro remédio se não fechar bem as negociações com Portugal. O que menos interessa à Europa, à Alemanha, ao FMI, é que com o problema da Grécia no próximo ano, criar um problema com Portugal”, explicou.

“Digam o que disserem os técnicos, a política vai mandar e a troika vai entender-se com o Governo” quanto ao limite do défice para 2014, “eles sabem que, ou se flexibiliza nos quatro por cento e arranja-se maneira de ser quatro por cento muito elásticos, ou têm de ceder mesmo os 4,5 por cento”, reforçou.

 “A troika tem de uma vez na vida ser obrigada a pensar politicamente e meter a viola no saco”, insistiu o comentador da TVI, argumentando que “não faz sentido” adiar a revisão da meta orçamental: “é em vésperas do fim da troika, quando se vai discutir o programa cautelar, na pior altura, que se vai rever a meta do défice? Não faz sentido. A troika tem de uma vez na vida ser obrigada a pensar politicamente e meter a viola no saco”.

Para além do Governo ter a oportunidade de negociar um alívio do limite do défice, precisa de garantir desde já as melhores condições para “um programa cautelar como a Irlanda”, continuou Marcelo Rebelo de Sousa: “trata-se de um programa cautelar inevitável para criar almofadas para regressar ao mercado”.

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