A troika vai regressar a Portugal nos próximos dias, para tomar conhecimento de que medidas preparou o Governo para cobrir o buraco gerado pela inconstitucionalidade do Orçamento de Estado. Passos Coelho já assegurou que o executivo pretende cumprir a meta do défice.
O Governo deu garantias à troika de que irá cumprir o défice, cuja meta está estabelecida nos 5,5 por cento do Produto Interno Bruto. Esta é uma questão central no encontro que o executivo terá com representantes do FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, após o chumbo do Orçamento de Estado.
O executivo de Passos Coelho tem preparadas medidas de austeridade adicionais, que irão cortar na despesa do Estado e conseguir alternativas à receita que estava prevista no Orçamento, mas que o Tribunal Constitucional considerou inconstitucionais.
Este encontro com a troika surge numa altura de grande agitação política, com todos os partidos de esquerda a pedir a demissão do Governo e com o afastamento do PS de António José Seguro, que se demarcou das políticas de Passos, por considerar que não estão a respeitar o memorando.
A sétima avaliação do programa de resgate a Portugal está em curso e fica marcada pelas dificuldades do país em cumprir metas que já foram, entretanto, atenuadas. Sem margem de manobra, resta a Passos eliminar despesa.