O combate ao tráfico de droga provocou uma vítima inocente: um adolescente de 14 anos foi atingido por uma bala perdida, num tiroteio entre militares do exército e traficantes da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro. A família acusa os militares da morte do jovem e refere que o autor dos disparos “retirou as roupas” para não ser reconhecido.
O combate ao narcotráfico provocou mais um morto no Brasil. O adolescente Abraão da Silva foi atingido por uma bala alegadamente por um soldado do exército – segundo testemunhos dos familiares do menor –, que tentavam travar um grupo de traficantes, na Vila Cruzeiro.
Um desses familiares revela que o autor dos disparos é um elemento do exército que “retirou as roupas” que o denunciavam. Neste momento, decorre uma investigação ao caso, com as autoridades a pretenderem descobrir quem disparou o tiro fatal e em que circunstâncias.
Os militares referem que o menor se encontravam ao lado de traficantes, que dispararam contra o corpo de intervenção. Os agentes, que atuam no conhecido complexo do Alemão, terão efetuado disparos e, segundo a versão da família de Abraão da Silva, são os responsáveis pela morte.
Abraão da Silva foi assistido no local, por um corpo médico, mas já chegou sem vida ao Hospital Getúlio Vargas, segundo adianta fonte daquela unidade de saúde. Esta ação dos militares gerou a revolta entre a população local, que se reuniu num protesto espontâneo contra os elementos do corpo de intervenção.
Segundo a versão oficial dos militares do Rio de Janeiro, estes reagiram a um ataque a tiro, por parte de pessoas que se encontravam na posse de diversas armas. Fizeram-no com a intenção de evitar uma ação que tentava encontrar drogas no local. Os militares “dispararam balas de borracha” e apenas fizeram “disparos de advertência”.