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Tortura: Portugal “permitiu” à CIA impor um esquema global de “rendições extraordinárias”

Esse programa da CIA terá começado por ordem da administração de George W. Bush, na sequência dos atentados de 11 de setembro de 2011. Pelo menos 136 pessoas terão sido detidas ilegalmente, com 54 Estados a permitirem a detenção e/ou o transporte, inclusive na Europa: a OSF relata casos de detidos em Itália, Polónia e Suécia que foram secretamente levados para prisões no Egipto ou no Líbano, nas quais a tortura estava autorizada e oficializada por ordens do Departamento de Justiça norte-americano.

Nem os EUA, nem nenhum dos 54 países referenciados admitiram, até ao momento, a participação no programa ou responsabilizaram os envolvidos nas detenções ilegais, complementa o texto do relatório. Amrit Singh, que assina o documento, garantiu ter feito o relatório com base em notícias, investigações de outras organizações não governamentais e em documentos de alguns tribunais estrangeiros.

“O programa tinha a intenção de proteger a América, mas violou as pessoas nos seus mais básicos direitos, permitiu formas horrendas de tortura, deteve muitas vezes as pessoas erradas e manchou a reputação dos Estados Unidos no respeito pelos direitos humanos”, concluiu a OSF, num comunicado publicado no site.

Além de Portugal, entre os envolvidos estão Estados europeus, como Alemanha, Reino Unido e Espanha, do Norte de África, como Marrocos, do Médio Oriente, como Jordânia e Líbia, e da Ásia, como Paquistão.

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