Economia

Todos os olhos postos em Espanha no ‘dia d’ para o resgate

mariano_rajoyHoje é um dia decisivo para o executivo de Mariano Rajoy e para a Zona Euro, num momento em que a dívida do país vizinho disparou para novo recorde, tendo sido obrigado a pagar os juros mais altos desde 1997 por obrigações a cinco anos. Ao início da tarde desta quinta-feira, o governo deverá divulgar as auditorias feitas aos bancos, que necessitam de capital na ordem dos 70 mil milhões de euros. No final do dia, realizar-se-á uma reunião em Luxemburgo, na qual estarão presentes os ministros das Finanças da Zona Euro. A Espanha deve pedir um resgate financeiro.

O governo de Madrid, não confirma, mas fontes próximas europeias pensam que o ministro das Finanças espanholas, Luis de Guindos, peça o resgate financeiro na reunião de ministros de Finanças que vai realizar-se no final da tarde desta quinta-feira.

Espanha voltou a bater um novo recorde no que toca ao pagamento de juros em contribuições a cinco anos, os mais altos desde a entrada na moeda única e também desde 1997.

Com a auditoria da banca espanhola, verificar-se-á a necessidade do montante que as instituições bancárias do país necessitam, que deve ascender até aos 70 mil milhões de euros e que o governo de Rajoy deverá apresentar esta tarde.

Conforme o diário ‘El País’, Espanha está a reunir todos os esforços possíveis, para que o prazo do empréstimo possa ser estendido (o máximo são 30 anos) e pagar taxas de juros favoráveis, arondar os três ou quatro por cento.

Uma questão muito importante é estabelecer o mecanismo a ser utilizado na injeção de capital nas instituições bancárias espanholas, sendo um ponto fulcral na dívida soberana espanhola, por cujo pagamento o Estado deverá ser responsabilizado.

Não é por mera coincidência que os juros têm disparado, pois os mercados reagiram de forma negativa à instabilidade dos bancos do país.

Se o dinheiro necessário vier através do resgate financeiro, os investidores ganharão maior confiança. Mas, se Espanha ficar pelo resgate provisório, o mercado poderá reagir negativamente, dado que as regras do ESM (Mecanismo Europeu de Estabilidade) estipulam que, caso Espanha estiver forçada a suspender o pagamento, o ESM terá prioridade de cobrança sobre todos os outros credores.

Este fator poderá levar os investidores a optarem por outros mercados, buscando assim uma margem de segurança.

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