O polaco Krzysztof Holwczyc venceu a Baja Portalegre 500, derradeira prova da Taça do Mundo FIA e do Campeonato de Portugal de Todo-o-terreno, disputada este sábado no Alto Alentejo. Um evento marcado pelo abandono precoce do campeão nacional Miguel Barbosa.
Apesar de ter vencido o prólogo de quinta-feira e ter adotado uma toada cautelosa, Barbosa acabou por ser vítima dos problemas de fiabilidade do seu Mitsubishi Lancer Turbo Proto, ao ponto do piloto lisboeta ter rodado mais de 50 quilómetros sem direção assistida.
Miguel Barbosa optou por baixar o ritmo, mas mesmo assim a mecânica acabou trai-lo, gorando por terra a intenção de sair da prova do ACP com um bom resultado. O esforço deu lugar a um sentimento de uma certa frustração, porque estava a fazer “uma prova espetacular em condições muito difíceis”.
De referir que no final do primeiro setor seletivo do dia Miguel Barbosa tinha já mais de dois minutos de vantagem sobre Pedro Grancha e sobre Filipe Campos. O problema foi mesmo no último setor, quando o Mitsubishi Proto Lancer deu problemas.
Tudo isto acabou por concorrer para que Krzysztof Holowczyc vencesse pela segunda vez a principal prova do todo-o-terreno (a primeira foi em 2010), numa 27.ª edição onde os polacos estiveram em grande plano, conseguindo uma ‘dobradinha’ na competição de automóveis, já que Martin Kaczmarski foi o segundo classificado, a quase minuto e meio do seu compatriota do Mini All4 Racing.
Isto depois de Holowczyc ter adotado inicialmente um andamento muito prudente no prólogo, para atacar na corrida e vencê-la, garantindo assim o título na Taça do Mundo FIA de Todo-o-terreno, face às ausências dos rivais Jean-Louis Schlesser e Nani Roma.
Com a desistência de Miguel Barbosa a primazia entre os portugueses pertenceu a Pedro Grancha, que aos comandos do BMW Proto garantiu o último lugar do pódio.
“Estamos muito felizes com o resultado alcançado. Todos os objetivos foram cumpridos. Andamos sempre entre os primeiros. Felizmente que tudo correu bem e não tivemos problemas. Foi uma prova bastante competitiva e por isso a nossa satisfação é ainda maior”, reagiu no final o piloto de Cascais.
O segundo melhor piloto luso acabou por ser André Amaral, aos comandos do segundo BMW Proto, na oitava posição da classificação geral, enquanto Elvis Borsoi (Mitsubishi Pajero) ganhou a categoria T2, onde Alexandre Franco (Nissan) foi o melhor português.