António Maio venceu a Baja Terras de Alcoutim, terceira prova do campeonato nacional de todo-o-terreno em motos, derrotando por apenas 35 segundos o grande favorito, Mário Patrão. O piloto da Yamaha regressou assim aos triunfos, depois de dois eventos onde não esteve no seu melhor.

Desde o prólogo que Maio assumiu os riscos de querer vancer, apostando em partir à frente para o setor seletrivo de 224 quilómetros, tendo ganho logo aí 12 segundos ao seu adversário.

Contudo, o primeiro líder foi Luís Teixeira, com António Maio a chegar à assistência já com 31 segundos ganhos a Mário Patrão. Nessa altura o piloto da Yamaha optou por mudar o pneu traseiro da sua moto, contrariamente ao seu adversário, que apenas reabasteceu.

Até ao final da prova Maio recuperou o minuto gasto na operação de troca de toda e terminou o primeiro setor com 23 segundos de vantagem, que somados aos 12 ganhos no prólogo resultaram em mais de meio minuto de margem final.

Mário Patrão tentou forçar o andamento na fase final da corrida, com o segundo lugar a bastar para manter a liderança do campeonato, enquanto Luís Teixeira, terceiro no prólogo apesar de uma queda, acabou no último lugar do pódio e vitória na categoria TT3,.

O quarto posto pertenceu a Sebastian Buhler, o mais jovem dos pilotos da Yamaha, que, tal como sucedera na jornada inaugural, venceu também a classe TT1. Isso depois ter sido sétimo no prólogo, mas a meio da prova já estava colado a Domingos Santos, o atual campeão e o seu mais direto adversário.

Santos partira à frente para o setor seletivo, mas Buhler ultrapassou-o pouco depois, terminando a prova com quase três minutos de vantagem passando a liderar o campeonato da classe.

Contudo a quinta posição de Domingos Santos foi ‘manchada’ pela forma anti-desportiva como travou a corrida de Ruben Faria. O piloto algarvio, que se treinava para a prova do campeonato do Mundo na Sardenha, partiu para o troço logo atrás do campeão de TT1 e cedo mostrou estar mais rápido.

Apesar de consciente que tinha Ruben na sua traseira, Domingos não cumpriu a regra de que piloto apanhado é piloto passado. Esta atitude levou o algarvio a claudicar após a segunda zona de assistência, numa altura em que na sua traseira rolava já Sebastian Buhler.

Menos exaltado Ruben Faria – até porque é piloto oficial da KTM – acabou por retomar a prova muitos minutos depois, acabando por não terminar a prova por motivos físicos.