Gu Yimin foi condenado à prisão, por 18 meses, por querer manifestar-se na praça de Tiananmen. O homem pediu autorização para evocar o protesto de 1989, cuja repressão terminou com indeterminadas mortes, e recebeu uma sentença por “incitar à subversão”.
A Justiça chinesa condenou à prisão, por 18 meses, o cidadão que pedira autorização para se manifestar em Tiananmen.
Gu Yimin, cuja idade não foi revelada, foi considerado culpado de “incitar à subversão do Estado” por um tribunal de Gangshu, na província de Jiangsu.
O homem pedira autorização para realizar uma manifestação, na praça de Tiananmen, no dia de mais um aniversário sobre o massacre de 1989.
Nesse ano, a repressão de um protesto tornou Tiananmen (termo em mandarim para ‘Paz Celestial’) num símbolo da luta pela democracia e pela liberdade de expressão.
Nunca foi possível confirmar o número de mortos provocados pelo exército chinês ao reprimir esse protesto.
Liu Weiguo, o advogado de Gu Yimin, já afirmou que “este julgamento viola a Constituição” chinesa.
Para o causídico, o arguido exerceu o direito de liberdade de expressão quando entregou às autoridades o pedido para a realização da manifestação.
Gu Yimin vai recorrer da sentença, acrescentou o advogado.