Economia

Taxas de juro da dívida pública tornam a subir depois das declarações de Passos Coelho

dinheiroOs investidores não gostaram do reforço de austeridade e estão a penalizar o Estado, exigindo uma taxa de juro maior para comprar dívida pública portuguesa. Os juros subiram em todos os prazos, contrariando a tendência de queda que se vinha registando.

Os reflexos do reforço da austeridade, anunciado no final da sexta-feira passada pelo primeiro-ministro, já se estão a fazer sentir nos mercados. Com Passos Coelho a exigir ainda mais sacrifícios, os investidores desconfiam da capacidade do Governo em honrar os compromissos, pelo que exigem um juro maior para comprar a dívida pública nacional.

Como reflexo, as taxas de juro dispararam em todos os prazos, contrariando a tendência de queda que se vinha a registar, com especial incidência nos últimos dias. Ao início da manhã, a taxa de juro a pagar pela dívida soberana a cinco anos tinha subido de 5,988 para os 6,009 por cento, enquanto na maturidade a dez anos a taxa cresceu de 8,096 para 8,242 por cento. Também a dívida a dois anos viu o juro crescer, passando dos 4,139 para os 4,217 por cento.

Por receio de contágio, as outras economias mais ‘vigiadas’ pelos investidores também viram as taxas de juro a crescer. Na Grécia, em Itália e em Espanha registava-se um efeito semelhante, com a tendência a ser agora o aumento do juro nas principais maturidades. 

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