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Subnutrição crónica mata cinco crianças por minuto, indica relatório da ‘Salvem as Crianças’

fome-somaliaA fome é responsável pela morte de cinco crianças em cada minuto que passa, em todo o mundo, indica um relatório divulgado pela Organização Não-Governamental ‘Salvem as Crianças’. Segundo noticia a Associated Press (AP), o documento revela que há mais de 500 milhões em risco de sofrer doenças graves, nos próximos 15 anos, vítimas da subnutrição crónica.

Números impressionantes sobre a fome crónica, divulgados pela organização ‘Salvem as Crianças’, lançam o aviso para um drama mundial. Um relatório divulgado pela AP avisa que a subnutrição mata em média cinco crianças a cada minuto, estatística negra que urge combater.

O documento da ‘Salvem as Crianças’ alerta para os milhões de vidas que se perdem. Mas aquela Organização Não-Governamental (ONG) avisa que, às vítimas mortais da fome, juntam-se as crianças que sobrevivem, mas com deficiências graves, em virtude da subnutrição. 

A fome é um drama humanitário que vai perdurar, segundo o relatório. Durante os 15 anos que se seguem, a ‘Salvem as Crianças’ estima que cerca de 500 milhões de crianças serão vítimas da subnutrição. A morte será o seu destino. Em alternativa, enfrentarão graves problemas de saúde.

Esta ONG, além de apontar números, aponta outro dado perturbador: políticas de combate à fome poderiam evitar a morte de dois milhões de crianças por ano. Esse é o desafio de quem tem o poder. A organização estima que uma em cada quatro crianças em todo o mundo sejam vítimas de má nutrição.

O único dado positivo a retirar deste relatório é uma queda da mortalidade infantil nos últimos anos, ainda que, em alguns países, o drama siga tendência contrária. A fome está a aumentar em África (Burundi, Comores, Congo, Costa do Marfim e Suazilândia) e na Coreia do Norte.

No Corno de África, existem 12 milhões de pessoas que enfrentam a fome. Há relatos de mães na Somália que se veem obrigadas a escolher os filhos para carregar até aos campos de refugiados. Deixam para trás os mais fracos, para tentar salvar os mais fortes. A alternativa é a morte de ambos.

Na Somália, a maior seca dos últimos 60 anos provocou um desastre humanitário e colocou 3,7 milhões de pessoas em risco de morrer à fome. Os médicos não conseguem evitar a morte de uma média de 50 crianças por dia.

Segundo revela a diretora do Programa Alimentar Mundial, Josette Sheeran, as crianças da Somália estão “em subnutrição avançada” e têm menos de 40 por cento de hipóteses de sobrevivência.

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