Nas Redes

Sozinho numa ilha há 28 anos usa as redes para mostrar paisagens magníficas

Mauro Morando, de 79 anos, vive sozinho na ilha de Budelli desde 1989, altura em que o barco que viajava perdeu o motor e ficou à deriva. Desde então é o único habitante da ilha e utiliza as redes sociais para mostrar as paisagens magníficas que o acompanham.

Um acaso que se tornou numa ‘história de amor’ para Mauro Morando. Em 1989, quando viajava na companhia de dois amigos, viu o barco perder o motor e andar à deriva até o deixar em Budelli, uma pequena ilha entre a Sardenha e a Córsega, colada a Santa Maria e a Razzoli, parte do Parque Nacional do Arquipélago Maddalena.

Entre as várias descrições da pequena ilha, os retratos de Mauro são a melhor definição possível, com imagens magníficas de uma ilha ‘só’ sua há quase três décadas.

Descreve-se nas redes como ‘modenense’, natural de Modena, mas está a viver o ‘sonho’ que mantinha quando ainda era professor de Educação Física.

Morando confessa que “foi sempre uma criança rebelde” e um inconformado com a sociedade. Em 1968 foi protestante, mas o facto de “odiar armas” fizeram-no ficar de fora de conflitos políticos. A sociedade, movida “por poder e dinheiro”, levaram-no a partir ‘à descoberta’ de uma “ilha deserta para começar uma vida nova”.

Em 1989, quando encontrou este ‘paraíso’, foi um (novo) acaso a escrever-lhe a sorte. O guarda responsável estava prestes a reformar-se, dando a oportunidade a Mauro que, desiludido com a sociedade, decidiu ficar.

Como conta à CNN, no início até os turistas evitava, mas começou a ambientar-se e a dar palestras no verão. Aderiu às redes sociais, talvez para manter o contacto com a humanidade, e é aí que resume a sua vida, como ‘guardião’ da pequena ilha.

“Apenas me levanto em frente ao mar para tirar fotos ao nascer do sol, tomar o café da manhã, alimentar os dois gatos e a galinha. (…) Depois começo a trabalhar no tablet para processar fotos, comentar e responder a perguntas, já que tenho 5000 amigos no Facebook”.

Para Mauro, que cita Dostoevsky,  “a beleza” é a melhor forma de “salvar o mundo da destruição do homem”.

Em 2016, no entanto, pensou que seria forçado a abandonar Bodelli, no meio de batalhas legais entre um empresário neozelandês e o governo italiano. Foi decretado como parte integrante do Parque Nacional e, mesmo contestado o seu direito de lá residir, uma petição com mais de 18 mil assinaturas convenceu os políticos locais a adiarem indefinidamente a expulsão.

Agora, como confessou à National Geographic, “espero morrer aqui, ser cremado e que as minhas cinzas sejam espalhadas pelo vento”.

Veja as fotografias de Mauro, ou acompanhe-o no Facebook, Instagram ou Twitter.

L’arcobaleno sta sparendo

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Sembrava si aprisse………..invece…..no!

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