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Sopa de barbatana de tubarão é banida dos banquetes oficiais na China

tubarao branco 210tubarao bigA China proíbe “servir pratos com barbatana de tubarão, ninhos de andorinha e produtos provenientes de animais selvagens nos jantares e receções oficiais”. A decisão “corajosa do Governo chinês” é elogiada pelos defensores dos direitos dos animais.

Alguns dos pratos mais requintados da culinária chinesa foram banidos das refeições oficiais. Iguarias como a sopa de barbatana de tubarão passam a não poder ser servidos nos jantares ou receções oficiais, assim como os cigarros de luxo e as bebidas alcoólicas.

A decisão foi ontem comunicada após uma reunião conjunta do Conselho de Assuntos do Estado, um órgão do Governo, e o comité central do Partido Comunista (PCC), que é quem manda na China. A diretiva proíbe “servir pratos com barbatana de tubarão, ninhos de andorinha e produtos provenientes de animais selvagens nos jantares e receções oficiais”.

A mesma nota refere que “os organizadores de visitas oficiais ou de visitas de missões de negócios deverão preparar as refeições observando normas de despesas pertinentes” e estabelece que “os anfitriões locais estão autorizados a organizar um único jantar oficial, caso isso seja necessário”.

A medida foi prontamente elogiada por várias organizações de defesa dos direitos dos animais. “Eis uma decisão apreciável e corajosa do Governo chinês. Isto vai ter consequências importantes na sociedade, porque quando o Governo mostra um caminho o setor privado não demora a segui-lo”, salientou Alex Hofford, dirigente da MyOcean.

No caso da barbatana de tubarão, a medida tem por finalidade preservar o peixe: há séculos que a sopa é considerada uma iguaria, pelo que muitos pescadores se dedicam em exclusivo à captura dos tubarões para cortar a barbatana, ainda no mar: os peixes são devolvidos à água, mas morrem por afogamento.

Há ativistas, como Gary Stokes, que consideram a decisão mais baseada no controlo do preço do que pela ameaça de extinção. O elevado valor da barbatana, sobretudo no mercado paralelo, estimulou a pesca desenfreada.

A diretiva consagra na lei uma medida que já vinha a ser imposta por várias empresas chinesas, como restaurantes e hóteis, por pressão de instituições e personalidades a nível mundial.

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