Uma sonda foi enviada para o Espaço há dez anos, mas só hoje se deve encontrar com o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A Rosseta esteve dois anos a hibernar para ter energia suficiente que lhe permita aterrar num corpo celeste em movimento.
Há dez anos que a sonda Rosseta espera por uma aproximação do 67P/Churyumov-Gerasimenko. O cometa vai aproximar-se do Sol este ano, durante o segundo semestre do ano, e na sonda segue um módulo que vai tentar pousar na superfície do cometa.
Nunca na história da exploração espacial foi possível pousar num corpo celeste em movimento, o que justifica o longo ‘estágio’ da Rosseta: a sonda foi lançada há dez anos e há mais de dois que recebeu ordens para hibernar. Durante o dia de hoje, o aparelho deverá receber uma instrução de reativação e emitir uma mensagem para a Terra, provando que está ‘acordada’.
A sonda da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla internacional) será reativada a uma distância de cerca de 800 milhões de quilómetros da Terra, já próxima da órbita de Júpiter. A aproximação da Rosseta ao 67P/Churyumov-Gerasimenko, que os cientistas acreditam ser composto por uma massa gigante de gelo e pedra, deverá ter início em agosto.
Os cientistas apontam para que o módulo Philae pouse na superfície do cometa, que viaja a uma velocidade rápida, durante o mês de novembro. Até lá, a Rosseta deverá enviar para a terra informação regular sobre medições de vários tipo no 67P à medida que este se vai aproximando do Sol.
“A Rosetta é uma missão única tecnologica, cientifica e filosoficamente porque os cometas podem estar na origem de quem nós somos”, explicou Jean-Jacques Dordain, diretor geral da ESA. Segundo os cientistas, este cometa deverá ser um dos objetos mais antigos do sistema solar, com ‘apenas’ 4,6 mil milhões de anos.