Agora, foi submetido a uma intervenção cirúrgica que lhe devolveu os dois braços. Tratou-se de uma operação muito delicada, que durou mais de 12 horas e que ultrapassou diversos processos: união de vasos sanguíneos, músculos, nervos e tendões.
A intervenção cirúrgica – a primeira do género realizada nos Estados Unidos da América – decorreu no Hospital Johns Hopkins, localizado em Baltimore. Brendan Marrocco já fez a primeira aparição ao público, ao lado dos médicos que o operaram, para anunciar o sucesso da operação, num caso que apaixonou os norte-americanos.
“Eu odiava não ter braços. E aceitava não ter pernas. Não ter braços tira-nos tanto… Até um pouco da personalidade”, afirmou o soldado, que já conseguiu alguns movimentos do lado esquerdo e que tem o braço direito ainda num processo mais atrasado.
Esta foi mais uma etapa do processo de recuperação deste bravo soldado, considerado um herói no seu país, à semelhança de todos os homens que defendem os EUA nos conflitos bélicos.
Apesar do sucesso da operação, Brendan tem pela frente um longo processo de adaptação aos novos braços, para recuperar movimentos e minimizar a perda dos dois membros superiores. O soldado mostra-se “animado” com “muita vontade” em superar mais este desafio.
A recuperação dos braços surge depois de Brendan ter colocado uma prótese, que substitui as pernas. Ainda que de forma limitada, já consegue caminhar. E não sente dor, quer nos braços, quer nas zonas onde as pernas mecânicas se unem ao corpo.
Como qualquer processo de recuperação deste género, há grandes conquistas e sonhos para concretizar. O sonho de Brendan Marrocco é poder voltar a conduzir e praticar desporto, uma das suas grandes paixões antes de ser destacado para defender a pátria no Iraque.
Este norte-americano vai agora participar num estudo que pretende aperfeiçoar a resposta dos cirurgiões em casos de rejeição. Essa pesquisa é apoiada pelo Instituto das Forças Armadas para a Medicina Regenerativa.
