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Sócrates vê “tragédia” de Passos aproveitada pela “deslealdade” de Portas

socrates rtpEx-primeiro-ministro José Sócrates acusou o Governo de transportar Portugal para uma “tragédia”. No comentário semanal que assina na RTP1, Sócrates aponta o dedo a Paulo Portas, pela sua “deslealdade”, em nome de um “oportunismo” político. As mais recentes medidas de austeridade que o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho anunciou ao país deixarão o país na rota da “depressão”, sem que se vislumbre qualquer benefício.

No seu comentário semanal na RTP1, neste domingo, Sócrates voltou a criticar duramente as políticas austeras de Passos Coelho e Vítor Gaspar. “Não há outro país que sugira um pacote de austeridade como o português”, adiantou o ex-primeiro-ministro.

Por outro lado, lembra o ex-secretário-geral do PS, este novo pacote de medidas de austeridade é a imagem do “falhanço das políticas do Governo”. José Sócrates lembra que outros países já rejeitaram o plano das políticas recessivas e teme que Portugal fique isolado nesse quadro, de uma Europa que vai inverter as suas lógicas.

Sócrates referia-se às notícias recentes que dão conta de uma mudança de políticas em países como França, Espanha e Holanda, que já verificaram que as políticas de austeridade não são solução e colocam em causa qualquer processo de ajustamento.

Mas não foi apenas um Governo “sem liderança” que mereceu as críticas de José Sócrates, neste comentário semanal. Também o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, foi criticado pelo ex-primeiro-ministro.

Horas antes, Portas apresentara a posição do CDS sobre este novo pacote de austeridade que o Governo vai aplicar. Há diferenças de opinião entre Passos e Portas, no que diz respeito à sobretaxa sobre os pensionistas. José Sócrates considera que há “falta de lealdade” do líder centrista, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

“O CDS tem de decidir se está ou não com esta política. Se está com este Governo”, afirmou Sócrates. A intervenção de Portas é, para Sócrates, “um espetáculo degradante”, que prova que o Governo está a “decompor-se”. Por outro lado, é um “notável oportunismo” do ministro centrista, que não evita uma “deslealdade” no seio da coligação.

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