Para combater a dependência do tabaco, o Estado prepara um incentivo aos fumadores, a partir de 2015: trata-se de uma comparticipação em 40 por cento nos medicamentos de cessação tabágica. A medida ‘custará’ alguns milhões ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas não tão elevados como os gastos com tratamentos de doenças provocadas por esta dependência. O tabagismo matou, em 2010, 11 mil fumadores, a uma média que ronda os 30 óbitos por dia.
O aumento da carga fiscal sobre o tabaco constituía um dos incentivos à cessação tabágica. No entanto, o Estado pretende agora mudar a estratégia e comparticipar, em 40 por cento, os medicamentos de cessação tabágica, para desonerar os custos a suportar por parte dos fumadores, caso pretendam abandonar este hábito nocivo para a saúde.
Por outro lado, o serviço Saúde 24 (que funciona através de uma linha telefónica com o número 808 24 24 24) vai passar a dar ajuda no combate ao tabagismo e dar apoio aos fumadores.
Estas novas medidas – que vão ser aplicadas a partir de 2015 – foram anunciadas por Leal da Costa, secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde, durante a apresentação de um relatório da Direção-Geral da Saúde, sobre o tabaco em Portugal.
Leal da Costa destacou que “os custos dos tratamentos das doenças causadas pelo consumo são mais elevados” do que a fatura desta comparticipação de medicamentos para a cessação tabágica.
O secretário de Estado lembrou também que o apoio aos fumadores tem ainda um objetivo: a defesa da vida humana.
O tabagismo matou, em 2010, 11 mil fumadores, a uma média que ronda os 30 óbitos por dia.
