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Síria: Ataque do exército mata 21 pessoas no dia em que a ONU assume ser “quase impossível” controlar a situação

bashar al Assad 2Pelo menos 21 pessoas morreram, nesta segunda-feira, na sequência de um ataque levado a cabo pelo exército das forças governamentais sírias, numa zona rural da província de Hama, no centro do país. Este ataque acontece horas depois de Lakhdar Brahimi, o novo enviado especial da ONU para a Síria, ter assumido ser “quase impossível” controlar a situação de terror que se vive na região.

As informações reveladas pelo Observatório sírio dos direitos humanos dão conta de, pelo menos, 21 mortos, na sequência de uma operação militar do exército sírio. O número de vítimas mortais pode, no entanto, aumentar, já que são muitas as pessoas que ainda se encontram desaparecidas.

“É provável que aumente o número de vítimas desta operação militar. Existem muitas pessoas desaparecidas e muitos dos feridos estão em estado crítico”, revelou uma ONG sediada em Londres e próxima da oposição ao governo de Bashar al-Assad.

Este massacre acontece numa altura em que se intensificam os confrontos entre rebeldes e forças do governo e horas depois do novo enviado especial da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, ter considerado “quase impossível” a sua missão de pôr fim à violência no país.

Em entrevista à BBC e depois de ter assumido oficialmente o cargo, anteriormente ocupado por Kofi Annan, Brahimi concordou que a situação atualmente vivida na Síria exige uma visão realista e afirmou-se “assustado com o peso da responsabilidade” em encontrar soluções para o conflito.

“Assumo este trabalho com os olhos abertos e sem ilusões. Sei o quanto é difícil, quase impossível”, declarou à BBC.

Relativamente às críticas que apontam para a inação da comunidade internacional, Lakhdar Brahimi concorda que o mundo está a fechar os olhos à situação, mantendo-se de braços cruzados.

“As pessoas dizem que há gente a morrer e questionam-nos sobre o que estamos a fazer. E a verdade é que não estamos a fazer muito. E isso é, em si mesmo, um fardo enorme”, assume Brahimi.

Desde o início do conflito, em março de 2011, já morreram mais de 20 mil pessoas.

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