Durante o debate do Orçamento de Estado, António José Seguro, secretário-geral do PS, repetiu as críticas à proposta do Governo de Passos Coelho. “Este documento é um plano de empobrecimento do país. Não é um Orçamento de Estado”, acusou Seguro.
Na sua intervenção inicial durante o debate na generalidade do Orçamento de Estado para 2014, que decorre hoje no Parlamento, António José Seguro repetiu as críticas ao Governo, elencou os cortes nas pensões e salários e acusou o executivo de Passos Coelho de deixar o país em pior situação do que aquela em que se encontrava aquando do pedido de resgate.
“A troika vai embora, mas os problemas ficam. E vamos ter mais problemas do que aqueles que tínhamos, quando a troika chegou a Portugal. Ninguém acredita que este Orçamento tirará o país da crise”, acusou Seguro.
“Ficaremos pior do que quando a troika sair? Como é que o senhor deputado consegue dizer uma coisa dessas?! Como é que o senhor deputado consegue dizer uma coisa dessas?!”, questionou o primeiro-ministro.
Para o socialista, o Governo continua “insensível” aos problemas sociais: “Este plano de empobrecimento e os senhores teimam em prosseguir essa estratégia, enquanto o país paga a fatura desse empobrecimento”.
Seguro aconselhou Passos a reler a carta de demissão de Vítor Gaspar, ministro que “teve a humildade de reconhecer que este plano falhou”.
E o primeiro-ministro quis saber quais as medidas que o PS tem em agenda para reduzir o défice sem cortar a despesa.
“O senhor deputado critica o Governo por não conseguir reduzir o défice, como é que afirma que conseguiremos fazer a consolidação, sem restrição orçamental. Esse exercício de demagogia fácil não deve ter lugar neste Parlamento, sobretudo vindo de quem tem aspirações a governar”, disse Passos Coelho.