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Seguro faz conferência de imprensa durante a moção de censura

ar2António José Seguro, secretário-geral do PS, protagonizou nesta sexta-feira um insólito incidente parlamentar, concedendo uma conferência de imprensa em simultâneo com a discussão da moção de censura ao Governo. Seguro, que considera a moção um “frete” a Passos Coelho, decidiu não participar no debate.

No interior do Parlamento, decorria, nesta sexta-feira, a discussão da moção de censura do PCP ao Governo. Às portas do Parlamento, António José Seguro, secretário-geral do PS, criticava esta moção.

O incidente acabou por marcar o dia parlamentar. Seguro, que não quis estar presente na discussão, convocou os jornalistas e disse à imprensa aquilo que poderia dizer aos deputados: “Esta moção de censura é um frete ao Governo”.

Enquanto Seguro falava aos jornalistas, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho usava da palavra. E o facto de o líder da oposição optar por faltar à moção e, em simultâneo, falar aos jornalistas, nunca acontecera na história da Democracia.

A ausência de António José Seguro foi criticada pelos deputados. Adão e Silva pergunta: “Onde está António José Seguro?”.

O PCP considera que o resultado eleitoral do passado domingo retirou legitimidade à maioria para continuar a governação.

“Os portugueses foram claros e reclamam uma nova política. O Governo tem de retirar consequências da opção dos portugueses. A saída digna é a demissão do Governo e convocação de eleições”, afirmou a deputada comunista Paula Santos.

O PDS entende que há “factos estranhíssimos” por detrás desta moção e acusa o PCP de querer renegociar a dívida, apesar de ter recusado sentar-se com os parceiros internacionais.

“O PCP não quis nada com os parceiros. Mas propõe-se sentar-se à mesa dos nossos parceiros e da Europa que desdenha, procurando obter acordos e renegociar a dívida”, disse o deputado social-democrata Miguel Santos.

Atualização: António José Seguro entrou no Parlamento ainda antes da votação da moção de censura.

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