Economia

Salários inferiores ao limiar da pobreza e turismo justificam descida da taxa do desemprego

desempregoA taxa de desemprego baixou em Portugal, confirma o Eurostat. A queda para os 16,5 por cento registados em junho justifica-se com os empregos associados à sazonalidade e com o aumento do trabalho pago a 310 euros mensais, valor inferior ao limiar da pobreza.

A taxa de desemprego voltou a cair em Portugal, no mês de junho, confirma o Eurostat. O gabinete de estatísticas da Comissão Europeia traça o valor de 16,5 por cento, que representa menos 42 mil desempregados face aos 17,3% registados no mês de abril. Entre os jovens, o indicador caiu dos 40,4 por cento de abril para os 37,4 por cento em julho.

‘Traduzido’ em pessoas, no mês de junho Portugal tinha 878 mil trabalhadores sem ocupação, dos quais 139 mil eram jovens. A descida da taxa de desemprego justifica-se, segundo os especialistas, com dois fatores: há cada vez mais turistas a escolherem o mês de maio para férias, estimulando a economia nacional (o que os números do turismo refletem), o que faz aumentar o número de postos de trabalho necessários para corresponder a essa procura sazonal.

A sazonalidade do trabalho, contudo, reforça a precariedade. O Eurostat confirma que há menos 42 mil desempregados em junho (face a abril), mas só entre os jovens foram criados mais de 8000 postos de trabalho pagos a menos de 310 euros mensais. Este salário fica abaixo do limiar da pobreza, que em Portugal é de 360 euros.

A descida da taxa de desemprego levou a que Portugal deixasse de estar no ‘pódio’ da União Europeia. A Croácia é agora o país com a quarta taxa mais elevada (16,7 por cento), apenas superada por Chipre (17,3), Espanha (26,3) e Grécia (27,6 por cento, mas com dados referentes a maio).

No plano oposto está a Alemanha, com o desemprego nos mínimos de 5,3 por cento, e a Áustria, com 4,8 por cento.

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