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Sabia que a alegria pode provocar problemas de saúde fatais?

AlegriaDe acordo com um estudo suíço, algumas condições que consideramos muito positivas, como a alegria, podem provocar problemas de saúde. Já ouviu falar do síndrome de Takotsubo, também conhecido como “síndrome do coração partido”? Provavelmente não. Conheça melhor este estudo e uma doença que surpreende e que afeta sobretudo as mulheres.

A procura da felicidade é o objetivo de qualquer ser humano, que, no entanto, não evita a tristeza, por vezes profunda. Estes dois extremos estão unidos por um estudo da Universidade de Zurique, na Suíça, e publicado no European Hearj Journal, que analisa uma doença mais comum do que se pensa.

Chama-se síndrome de Takotsubo e também é conhecido como o “síndrome do coração partido”. E o curioso é que os problemas que provocam são cardíacos. Se quando falamos em “coração partido” associamos essa expressão a uma desilusão, por exemplo, aqui estamos perante problemas do foro cardíaco.

Segundo este estudo publicado no jornal científico European Hearj Journal, o problema pode ocorrem em situações onde se verifica uma alegria intensa. No nascimento de um filho, num casamento, nos momentos com as pessoas que amamos, ou em festas, sobretudo se forem surpresa.

Este síndrome carateriza-se por uma fraqueza temporária dos músculos do coração, o que provoca uma deformação do ventrículo esquerdo. E há dor, na zona do peito, bem como perda de fôlego e, em casos mais extremos, morte.

Vamos então ao estudo, da autoria de uma equipa de investigadores da Universidade de Zurique, na Suíça. Os cientistas analisaram informações de 1750 pessoas de nove países, que tinham em comum o facto de padecerem do síndrome do coração partido. Refira-se que daqueles 1750, mais de um terço manifestaram a doença logo após episódios de forte emoção, provocada pela alegria, como o nascimento de um filho.

A maioria dos casos ocorre em situações de tristeza profunda, como a morte de um familiar, por exemplo, ou em casos onde a tristeza advém de cenários de doença – diagnosticada ou por receio de poder sofrer da mesma.

Os investigadores ficaram sobretudo surpreendidos com os casos de síndrome de Takotsubo depois de um episódio de profunda alegria. E é nesses que nos vamos centrar, apesar de representarem uma percentagem muito pequena.

“Neste estudo pudemos comprovar que eventos felizes e tristes da vida podem levar-nos a destinos emocionais semelhantes”, assinala Jelena Ghadri, coautora do estudo.

E os destinos emocionais são potencialmente fatais. Há casos de pacientes (que foram alvo deste estudo) que deram entrada em serviços de emergência com quadros de enfarte cardíaco. Outros apresentaram falta de ar, ou dores no peito, em simultâneo com outros sintomas.

“Os médicos devem ter consciência destes factos e devem também considerar que os pacientes que entram nas urgências com quadros de enfarte depois de um acontecimento feliz podem estar a sofrer tanto quanto os pacientes que enfrentaram um evento emocional negativo”, assinala Jelena Ghandri.

As mulheres são mais propensas a sofrer do síndrome do coração partido. Aliás, 95 por cento dos casos diagnosticados foram-no em mulheres. A idade em que a doença surge ocorre quase sempre entre os 65 e os 71 anos.

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