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RTP: Ponte nega ministro e diz não haver “espaço” para Internacional no Porto

alberto ponteO Centro de produção do Porto não tem “qualquer espaço para pôr lá a RTP Internacional”, afirma o presidente da empresa, negando a garantia deixada pelo ministro. Alberto da Ponte diz ainda que as verbas para 2014 são as “suficientes” para manter o serviço público.

O Centro de produção do Porto (CPP) não tem capacidade para acolher a RTP Internacional, garante o presidente da RTP, apesar do ministro Miguel Poiares Maduro ter assegurado que tal ia acontecer. No Parlamento, onde foi chamado pelo PS, Alberto da Ponte insistiu que o CPP não tem “qualquer espaço” para assegurar o canal.

Perante os deputados, Alberto da Ponte frisou não ter “intenção de colocar lá a RTP Internacional”, acrescentando que explicara ao ministro que “não havia espaço para a RTP Internacional no Porto porque o centro de produção é para a RTP2”. Quando ouviu Miguel Poiares Maduro em falar na transferência do canal para o Porto, o presidente da empresa pensou que o governante “se queria referir a alguns programas”.

A falta de “espaço” foi justificada com números. Em junho de 2012, quando o “Praça da Alegria” ainda era produzido no Porto, a produção mensal rondava as 902 horas, valor que subiu para 1089 horas em junho de 2013. Em janeiro do próximo ano, as expetativas apontam para 2038 horas por mês. Os dados foram avançados por Alberto da Ponte.

Sobre a estratégia para a RTP Internacional, o presidente da empresa explicou a segmentação por três fusos horários: Europa e Ásia, África e América. A informação “será muito mais cuidada”, assegurou, e os “grandes contribuidores para o canal Internacional são os centros regionais dos Açores e da Madeira”.

Para assegurar essa contribuição, os centros regionais precisam de um modelo de financiamento diferente, sustentou Alberto da Ponte. “Só há três cenários para os Açores e Madeira: face aos constrangimentos orçamentais e ao défice entre receitas e custos, ou vamos para uma solução deste tipo ou para uma solução de redução de custos ou então para uma solução tipo janela ou outra ainda que o ministro conceba, em negociação com os governos regionais”, explicou-se.

Embora as verbas para 2014 sejam “as suficientes” para manter o serviço público, Alberto da Ponte salientou a necessidade de “reforçar o investimento na RTP Internacional e na RTP África”. Estes dois canais vão receber parte do aumento da Contribuição para o Audiovisual, inscrita na proposta de Orçamento do Estado para 2014.

É preciso “cumprir uma missão clara integrada num dos desígnios estratégicos do plano de desenvolvimento e redimensionamento”, argumentou Alberto da Ponte: “expandir através do globo a língua, a economia, a cultura e as regiões portuguesas”.

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