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RTP: Ex-diretor-adjunto afirma que “nunca” ouviu Nuno Santos a autorizar imagens para a PSP

rtpVítor Gonçalves, ex-diretor-adjunto de Informação da RTP, afirmou no Parlamento que “nunca” deu autorização para que a PSP visualizasse as imagens da manifestação de 14 de novembro, nem “em nenhum momento” ouviu Nuno Santos, então diretor, a autorizar.

O ex-diretor-adjunto de Informação da RTP, Vítor Gonçalves, contrariou no Parlamento a versão da administração e reforçou a de Nuno Santos, então diretor: da Direção de Informação “nunca” houve uma autorização para que a PSP visualizasse as imagens em bruto dos confrontos na manifestação de 14 de novembro.

Na comissão parlamentar para a Ética, a Cidadania e Comunicação, em audição requerida pelo Bloco de Esquerda, Vítor Gonçalves salientou que apenas teve conhecimento da presença da PSP (nas instalações da RTP) no dia seguinte ao incidente, rejeitando ter dito a Ana Pitas, subdiretora de Produção, que os elementos policiais poderiam visualizar as imagens num “local discreto”, como esta disse à mesma comissão parlamentar. “Eu não ouvi essa frase”, insistiu o ex-diretor-adjunto.

“Em nenhum momento” Nuno Santos, então diretor de Informação, autorizou a visualização de imagens não editadas e não emitidas. Da parte de Vítor Gonçalves, “nunca” houve tal autorização, reforçou o próprio.

A 15 de novembro, o dia em que a PSP esteve na RTP, Ana Pitas entregou dois DVD a Vítor Gonçalves, com referência a serem “imagens da manifestação”, mas o ex-diretor-adjunto não sentiu necessidade de averiguar se eram editadas ou em bruto. No dia seguinte, foram entregues mais dois DVD. Só no dia 16, após um comunicado do Conselho de Redação, é Vítor Gonçalves se apercebeu (disse) do que continham os discos.

Esses discos, assegurou o ex-diretor-adjunto, sem que “alguma vez” Nuno Santos os tivesse visualizado, continuaram no gabinete de Vítor Gonçalves.

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