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Ria Formosa inunda o Parlamento: Centenas protestam contra as demolições

ria formosa As demolições na Ria Formosa levaram cerca de 200 centenas de moradores da ilha da Culatra, em Faro, a protestar em Lisboa. Em frente à Assembleia da República, os populares exigiram o fim das obras previstas no programa Polis. No interior, o Parlamento votou a rejeição da suspensão das demolições.

Somos todos ilhéus. O mote viral após os incidentes no jornal Charlie Hebdo foi adaptado pelos moradores da ilha da Culatra, no concelho de Faro, que na manhã de hoje se deslocaram até Lisboa para protestarem, em frente ao Parlamento, contra as demolições na Ria Formosa, no âmbito do programa Polis.

Utilizando tshirts com o lema “Je suis ilhéu”, cerca de 200 pessoas exigiram o fim das obras, exibindo cartazes com palavras de ordem como “47 milhões para destruir as nossas casas”, “não vou permitir que destruam o que os meus pais construíram” e “as casas foram construídas durante o dia e com o conhecimento das autoridades”.

Embora os manifestantes gritassem que “a luta continua, Polis para a rua”, no interior da Assembleia da República os deputados da maioria PSD/CDS votavam contra essa luta.

Os três projetos da oposição (PS, PCP e BE) para a “suspensão imediata” das demolições de edifícios na Ria Formosa, sobretudo em Faro e em Olhão, foram rejeitados por PSD e CDS-PP.

Recorde-se que, quando o Ministério do Ambiente criou o processo de renaturalização da Ria Formosa, ficou prevista a demolição de pelo menos 800 construções nos núcleos urbanos das ilhas-barreira.

O programa teve início em dezembro do ano passado, no ilhote dos Ramalhetes e no ilhote de Cobra, tendo duração prevista até ao verão, segundo o calendário anunciado inicialmente pela sociedade Polis.

Na ilha da Culatra, segundo os dados no site da Câmara de Faro, vivem cerca de 750 pessoas, que só acedem ao continente através de barco.

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