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Reutilização de dispositivos médicos permite poupar 400 milhões de euros

cancro_colo_uteroCongresso de Cardiologia discutiu a reutilização dos dispositivos médicos, prática que poderá ser aplicada em Portugal, à semelhança do que já sucede em países como EUA e Alemanha. Estima-se que, no caso português, os hospitais poupem cerca de metade da verba total aplicada com estes dispositivos: 800 milhões.

Na 33.ª edição do Congresso de Cardiologia, que decorreu no Algarve, esteve em discussão a reutilização de materiais médicos, o que já se verifica em alguns países do mundo, sem perda de qualidade dos serviços de saúde.

Esta medida – abordada no âmbito da ‘Reflexão a que a troika nos obriga, uma mesa redonda – permitiria uma poupança de cerca de 400 milhões de euros, metade do total dos gastos com os dispositivos médicos.

João Queiroz e Melo, docente na Universidade Católica, no Porto, lembrou que “há mais de duas décadas” que a reutilização é feita nos EUA e que a própria Alemanha “já reutiliza dispositivos há cerca de 10 anos”.

O professor, que participava na mesa redonda, manifestou desejo de que a medida se aplique em Portugal, uma vez que permitiria uma “poupança na ordem dos 50 por cento” do total dos custos com estes dispositivos.

E 50 por cento representa 400 milhões de euros, de um total de 800 milhões que são investidos anualmente. A reutilização pode ser feita de forma segura, exceto nos casos em que os dispositivos médicos só podem ser usados uma vez.

Não está em causa uma política de reaproveitamento sem cuidados e com prejuízos para o doente, mas apenas o uso de dispositivos que não perdem qualidade após a primeira utilização.

Esta utilização de dispositivos já suscitou testes. Uma investigação recente permitiu perceber que tipo de materiais poderão ser sujeitos a reaproveitamento. No futuro, estima-se que este reaproveitamento se alargue a mais materiais usados nos hospitais.

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