A cura pode ser pior do que os excessos no Carnaval. No Brasil, os farmacêuticos alertam para os perigos de consumir medicamentos sem uma prévia informação. Como exemplo, lembram que a mistura de analgésicos com álcool pode provocar hemorragias no estômago.
O Carnaval é uma festividade de excessos, antecipando a ‘austeridade’ da quaresma. No Brasil, onde a festa é celebrada intensamente, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) emitiu um alerta para os perigos do consumo de medicamentos sem orientação farmacêutica, como remédios para curar a ressaca.
Antecipando um grande consumo de álcool, o organismo deixou alguns exemplos dos perigos: hemorragia gastrointestinal, irritação da mucosa do estômago e náuseas.
Mistura analgésicos com álcool pode provocar hemorragias no estômago e perda da coordenação motora, enquanto uma superdosagem de paracetamol eleva o risco de danos no fígado.
Já o abuso de dipirona pode causar alergias e alterações sanguíneas, acrescenta a nota do CRF-SP.
O maior perigo, segundo o organismo, é o ‘kit ressaca’, um conjunto de medicamentos à venda em várias farmácias e que é ilegal.
Para além do uso de medicamentos sem orientação adequada, o CRF-SP alerta ainda para o recurso à pílula do dia seguinte como contracetivo.
“A eficácia desta pílula diminui com o tempo e, ingerida após cinco dias da relação sexual, não faz mais efeito. Além disso, o uso repetitivo aumenta o risco de falha, não substitui outros métodos contraceptivos como a camisinha [preservativo] e o anticoncepcional e não protege de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs/Aids)”, refere o comunicado.