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Renato Seabra sofreu abuso sexual quando era criança, afirma psicólogo em tribunal

renato seabra4Renato Seabra foi alvo de abuso sexual, crime cometido por um vizinho, quando Seabra tinha 8 anos, diz psicólogo arrolado pela defesa, durante o julgamento do ex-modelo em Nova Iorque, no Supremo Tribunal. Esta declaração pretende atenuar a moldura penal de Seabra, numa condenação pela morte de Carlos Castro.

A sessão de ontem do julgamento de Renato Seabra fica marcada pela revelação de que o ex-modelo terá sido alvo de abuso sexual, quando era criança. O testemunho partiu de um psicólogo arrolado pela defesa, que pretende atenuar a moldura penal de Seabra.

Há dois meses, o ex-modelo contou ao psicólogo Jeffrey Singer que foi abusado sexualmente, argumento usado no Supremo Tribunal como modo de justificar a personalidade de Renato Seabra, marcada por esse alegado abuso sexual.

O ex-modelo – que responde em tribunal pela morte de Carlos Castro, bem como pela profanação do cadáver – terá bebido sangue do cronista social, de acordo com o psicólogo que ouviu Renato Seabra na prisão de alta segurança de Riker Island, onde o português está detido preventivamente.

Outra revelação de Seabra a este psicólogo foi a prática de diversas relações bissexuais, com os seus primos, entre os 16 e os 18 anos. Renato assumiu a sua bissexualidade, nesta conversa que manteve com o psicólogo.

A relação homossexual que manteve com Carlos Castro foi, segundo Renato Seabra, de “interesse”, por pretender fazer carreira no mundo da moda, onde Castro mantinha contactos que abriam portas ao jovem modelo, na altura. Renato nunca confessou a Castro que não tinha qualquer sentimento e que mantinha essa relação por outros motivos que não passionais.

Renato Seabra conta ainda que Carlos Castro o beijou, depois da apresentação de um livro, no Porto, cerimónia onde o ex-modelo esteve presente, a convite do cronista. Não reagiu negativamente a esse beijo por considerar que a proximidade com Castro seria benéfica e que uma eventual recusa de relacionamento poderia representar a perda da sua oportunidade no mundo da moda.

“Não vou dizer nada, porque é a minha oportunidade de chegar mais longe no mundo da moda”, pensou Seabra, que mais tarde contou este episódio ao psicólogo. E aqui nasceu a relação entre Renato Seabra e Carlos Castro, que mantiveram relações sexuais.

Na noite do crime, Renato terá assumido que espancou o cronista social por ver nele “o demónio”. Mais tarde, já depois do crime e quando o jovem se encontrava internado no Hospital Psiquiátrico, terá revelado comportamentos estranhos, como andar nu, dizer que era Jesus e convidar enfermeiras para se deitarem na sua cama. Em tribunal, a defesa tenta recorrer a um alegado estado psicótico, como forma de justificar um crime hediondo.

O relatório do primeiro hospital onde foi observado após o homicídio de Carlos Castro atesta que Renato Seabra sofreu de um ataque psicótico, com alucinações permanentes, como.

Os médicos consideraram o jovem modelo “maníaco” e “bipolar” e relataram episódios de distúrbios mentais, como o do cartão branco que tinha na mão e lhe dava “superpoderes”, As análises demonstraram também que Renato Seabra apresentou tendências suicidas e incapacidade de cuidar de si mesmo. Leia mais.

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