Nas Notícias

Recluso Sócrates tem tratamento ‘vip’? Acusação “incendiária”, diz advogado

jose socrates3 O advogado de Sócrates reage à notícia do alegado tratamento de favor, na prisão de Évora, onde o ex-primeiro-ministro está detido. A acusação partiu do sindicato de guardas prisionais, que fala em chamadas telefónicas e outros privilégios. A resposta do advogado surge em jeito de alerta. “É uma afirmação completamente incendiária e perigosa”, “grave e inaceitável”, diz Pedro Delille, ao Expresso.

“Grave”, incendiária”, “perigosa” e “inaceitável”. A reação do advogado de José Sócrates às informações de alegado tratamento de exceção do ex-primeiro-ministro é feita com quatro adjetivos.

“Trata-se de uma afirmação completamente incendiária e perigosa da parte do sindicato. Tem a intenção de criar um mau ambiente onde ele não existe”, afirmou Delille àquele semanário.

Em causa estava uma denúncia do sindicato dos guardas prisionais, que dava conta da alegada cedência de um gabinete para que ex-primeiro-ministro possa fazer telefonemas, segundo noticiou o Público.

O desmentido da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) não tardou, negando que Sócrates “utilize telefones que não estejam disponíveis aos restantes reclusos, tanto no quotidiano como em situações urgentes e excecionais”, de acordo com fonte oficial do DGRSP ao jornal Sol.

Garante o gabinete de Rui Sá Gomes que “os regulamentos são aplicados de igual modo a todos os reclusos”.

Os guardas de Évora manifestavam a sua preocupação com a eventualidade deste “tratamento desigual” vir a provocar “uma alteração da ordem por parte dos reclusos em revolta”.

E é nesta perspetiva que as declarações de Pedro Delille se enquadram: “Dizer que Sócrates tem tratamento de favor é incendiário”.

Ainda segundo os guardas, Sócrates teria direito a privacidade, uma vez que o diretor-adjunto alegadamente abandona o gabinete:

“Agora que o sistema de telefone está a funcionar de acordo com a lei, o recluso José Sócrates quando pretende ligar desloca-se ao gabinete do adjunto do diretor, ficando este a aguardar fora do gabinete enquanto o recluso efectua as chamadas telefónicas”.

“A situação está a acontecer e à vista dos guardas prisionais”, afirmou o presidente do SNCGP, Jorge Alves, ao mesmo diário: “Sócrates entra no gabinete e o diretor-adjunto sai enquanto ele faz telefonemas”.

Em destaque

Subir