Para assinalar o Dia Nacional da Dislexia, a Clipêutica – Centro de Terapias de Desenvolvimento – realiza mais um rastreio de dislexia, destinado a jovens e adultos, assim como a crianças em idade escolar, coordenado por Maria Amélia Dias-Martins, especialista nesta patologia.

A iniciativa irá realizar-se no sábado, dia 8 de novembro, entre as 09h30 e as 12h30 e das 14h00 às 18h00, na Clipêutica (Rua do Relógio, número 177, Porto).

Os interessados deverão fazer uma marcação prévia (229020987 ou 937452857) para evitar tempo de espera.

A dislexia é uma dificuldade de leitura, frequentemente associada a problemas na escrita que, na grande maioria dos casos, explica as dificuldades de aprendizagem – estima-se que em mais de setenta por cento dos casos, essas dificuldades estão diretamente relacionadas com a dislexia.

“A dislexia é um transtorno silencioso que mina a saúde emocional das crianças e adolescentes e trava a vida académica, profissional e pessoal dos jovens e dos adultos. Embora seja um problema para a vida, a dislexia pode ser tratada em qualquer idade”, sublinha Maria Amélia Dias-Martins, que nos últimos anos se tem dedicado a esta problemática.

De acordo com a mãe, o Rui, que frequenta o 5.º ano, “nunca se mostrou interessado em saber a matéria escolar apesar de ser extremamente astuto, perspicaz e saber expressar-se bem desde bebé”.

Teresa, 23 anos, percebeu “ainda na escola primária que tinha muita dificuldade para ler”.

“A minha avó sempre estudou comigo, lia-me tudo. Nunca gostei de ler”. Hoje em dia “é o meu namorado que me ajuda. É constrangedor, principalmente quando tenho de ler em público!”.

Estes dois exemplos, retirados de rastreios anteriormente realizados, mostram a importância de um diagnóstico preventivo e remediativo.

Motivo pela qual a Clipêutica volta a realizar mais este rastreio, chamando a atenção para as consequências nefastas de todos os que, não percebendo o que se passa consigo, se julgam incapazes.