Rafael Bordalo Pinheiro é homenageado com google doodle, no dia em que se assinala o 167.º aniversário. Nascido a 21 de março de 1846, Bordalo Pinheiro foi jornalista, professor desenhador, ilustrador, decorador e caricaturista político e social. Dezenas de publicações eternizam o seu trabalho, destacando-se o Zé Povinho, figura que permanece viva e que é mote para esta memória ao estilo da Google.
Um doodle da Google, na página principal do motor de busca, assinala hoje o 167.º aniversário de uma das grandes figuras da arte portuguesa. Rafael Bordalo Pinheiro nasceu em Lisboa, no dia 21 de março de 1846, criando uma vasta obra, que se espalhou por diversas áreas, desde a escrita à caricatura, passando pela cerâmica, a decoração e a docência.
A caricatura portuguesa está associada a esta personalidade da arte portuguesa. Bordalo Pinheiro é, alias, autor da representação popular do Zé Povinho. Esta personagem é um símbolo do povo português, mas também um símbolo do próprio Rafael Augusto Bordalo Pinheiro.
O Zé Povinho, que inspira a criação deste google doodle, resultou da enorme inspiração de Bordalo Pinheiro, aquando da sua passagem pelo setor artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, onde chefiou o setor criativo.
Filho de artistas, Rafael Augusto Bordalo Pinheiro desde cedo herdou o gosto pelas artes. Passou pelo conservatório, pela Academia de Belas Artes, frequentou o Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática e no Teatro Garrett quase fez carreira de ator.
Um facto, em 1863, determina a sua carreira, quando o pai o coloca na Câmara dos Pares. Aqui, Bordalo Pinheiro ganhou interesse pela política, sobretudo pelas intrigas de bastidores. Os primeiros trabalhos surgem cinco anos mais tarde, numa exposição de aguarelas, promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes.
Bordalo Pinheiro não tardou a receber reconhecimento internacional, com a conquista de um prémio numa Exposição de Madrid. E em 1875, cria o Zé Povinho, publicada n’‘A Lanterna Mágica’.
É sem dúvida um dos grandes trabalhos do autor, que deixa, no entanto, um legado brilhante como desenhador, assinando diversos desenhos para almanaques e revistas estrangeiras, com o humor e a crítica satírica quase sempre como denominador comum.
Durante mais de três décadas, escreveu em inúmeros s periódicos, em Portugal e no Brasil. O tema dos seus escritos estava invariavelmente relacionado com a política e a sociedade portuguesas.