Não há diferença na taxa de abandono do tabaco entre pessoas que recorrem aos cigarros eletrónicos e as que fumam cigarros tradicionais. Estudo publicado nos Estados Unidos, da Universidade da Califórnia, conclui que os cigarros eletrónicos são tão eficazes na cessação tabágica como o tabaco normal.

Quem disse que os cigarros eletrónicos contribuem para a cessação tabágica? A pergunta tem uma resposta inerente. Resposta que foi confirmada num estudo divulgado hoje, da autoria da Universidade da Califórnia, em São Francisco.

De acordo com essa pesquisa, que inquiriu 949 fumadores, não há diferença na taxa de abandono do tabaco entre pessoas que recorrem aos cigarros eletrónicos e as que fumam cigarros tradicionais.

De entre os que conseguiram deixar de fumar, somente 13 por cento revelou que precisou de menos de um ano para abandonar o hábito. E não houve diferenças entre os métodos usados.

Ou seja, segundo os investigadores responsáveis por esta pesquisa, não fica provado que os cigarros eletrónicos ajudem na cessação tabágica. Aliás, este estudo indicia o inverso.

Por outro lado, do grupo de pessoas (neste estudo) que afirmam recorrer a cigarros eletrónicos não alterou os hábitos de consumo, o que significa que não diminuiu a quantidade de tabaco consumido, revelam os pesquisadores.

No entanto, um dado deve ser tido em conta: dos 949 fumadores que participaram na pesquisa da Universidade da Califórnia, apenas 88 afirmaram que recorriam ao cigarro eletrónico. Quase todos estavam a tentar deixar de fumar.

Os investigadores concluem, apesar de tudo, que a afirmação publicitária que indica que os cigarros eletrónicos ajudam na cessação tabágica carece de sustentação científica.

Estes dispositivos não devem, desse modo, ser usados como potenciadores do fim desta prática nociva para a saúde.