A ARS Norte alerta que os idosos, especialmente acima dos 75 anos, ficam mais vulneráveis a efeitos secundários por recorrerem a uma elevada quantidade de medicamentos. Apesar de facultativa, a recomendação é criticada por carecer de base científica, diz a Federação Nacional de Médicos.
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte está preocupada com a quantidade de medicamentos que os idosos tomam. Numa recomendação com caráter facultativo, o organismo recomenda que só uma minoria – entre 25 a 40 por cento – das pessoas com mais de 75 anos de idade deve ser medicada com cinco ou mais fármacos.
“A segurança do doente é inversamente proporcional ao número de medicamentos prescritos”, defende a ARS Norte, alegando que o tratamento farmacológico pode ter o efeito contrário por ser em excesso.
O vice-presidente, Rui Sarnadas, sustentou que a Revista Portuguesa de Medicina Familiar “alertava para a dimensão deste problema e para o impacto do ponto de vistas das complicações na perceção do doente em relação ao que deve tomar e quando deve tomar”.