António José Seguro encontrou-se hoje com Passos Coelho para insistir que o PS rejeita mais austeridade, lamentando que o primeiro-ministro só se mostre “sensível” para reunir “quando há uma dificuldade”, mesmo quando já “fechou todas as portas que estavam abertas”.
A pedido de quase toda a gente (do Presidente da República aos membros da troika), António José Seguro reuniu com Pedro Passos Coelho. O convite para o encontro partiu do primeiro-ministro e surpreendeu o secretário-geral do PS e “todo o país”, como o próprio Seguro explicou: “essa surpresa significa apenas que da parte do Governo houve uma mudança de atitude. O PS reafirmou todas as suas posições, que já eram do conhecimento do primeiro-ministro e em relação às quais fechou todas as portas”.
Essas “posições” passam por rejeitar qualquer medida que agrave a austeridade, como os cortes que o Governo terá de efetuar para tapar o buraco das normas inconstitucionais do Orçamento de Estado. Apesar do PS estar firme nessa posição, o líder socialista não podia recusar um encontro que classificou de “iniciativa pontual, como já aconteceu em novembro, quando tinha uma dificuldade e precisava de fazer um corte de quatro mil milhões de euros”.
