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“PSD e CDS inviabilizaram acordo de salvação”, revela António José Seguro

antonio jose seguro1Fim de negociações. António José Seguro, secretário-geral do PS, revela que “PSD e CDS inviabilizaram o acordo de salvação nacional”, proposto pelo Presidente da República, Cavaco Silva. Na sede do Partido Socialista, em Lisboa, António José Seguro revelou o PS apresentou propostas de mudanças de políticas, mas que os dois partidos da maioria recusaram todas elas.

António José Seguro revelou hoje, numa declaração ao país, que não há acordo de salvação nacional, em resultado das reuniões entre missões dos três partidos, que ao longo da semana fizeram nove reuniões.

O secretário-geral do PS justificou que não houve acordo, por considerar que “há duas visões diferentes” para o país. “Este processo mostrou que estamos perante duas visões distintas parar o país: manter a direção para aqueles como o PSD e CDS consideram que está tudo bem, ou, aquele como nós, consideram que os portugueses não aguentam mais sacrifícios e que esta política”, justificou Seguro, que reiterou, entrelinhas, o pedido de eleições antecipadas.

António José Seguro desfez dúvidas e disse que a sua posição é irrevogável. “Cabe ao Presidente da República decidir, mas qualquer que seja a decisão, o PS continuará a bater-se pela aprovação de propostas que visam a criação de emprego, o crescimento económico, o equilíbrio das contas públicas, a gestão sustentada da dívida pública e uma verdadeira reforma do Estado”, disse António José Seguro.

Seguro disse ainda que durante esta semana os representantes debateram-se para “travar as políticas de austeridade e os cortes dos 4700 mil milhões de euros”, o “aumento do salário mínimo e das pensões mais baixas”.

O PS propôs também a “redução pelo IVA na restauração”, “um programa de emergência para portugueses desempregados e sem rendimentos” e contra privatizações TAP, RTP e Caixa Geral de Depósitos”. Seguro garante que os socialistas lutaram pelo “apoio ao setores públicos e privados”.

“Fizemos tudo o que devíamos e estivemos a lutar por soluções realistas, par a dar resposta aos problemas das empresas e das famílias”, resume o secretário-geral do PS, que apontou o dedo aos partidos da maioria. “O PSD e o CDS inviabilizaram o compromisso de salvação”, disse.

“Recordo que esta crise política resulta das demissões de Vítor Gaspar e de Paulo Portas. O Governo ignorou o PS, nestes dois anos. Mas, mesmo assim, o PS disse ‘sim’ ao desafio do Presidente da República”, concluiu António José Seguro.

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