O vandalismo chegou hoje de manhã à Mesquita Central de Lisboa. De acordo com o imã Sheikh David Munir, a PSP acredita que terá sido um grupo neonazi a pintar “1143” na porta e na parede lateral, uma vez que o número é uma referência com cariz xenófobo.
A principal mesquita da comunidade islâmica portuguesa foi hoje vandalizada, em São Sebastião, Lisboa.
De acordo com uma fotografia que está a circular no Twitter, os autores do ato pintaram o número “1143” na porta principal e numa parede.
Esta ‘assinatura’ levou a polícia a acreditar que o vandalismo terá sido perpetrado por um grupo neonazi, como revelou o imã de Lisboa.
“A PSP é que nos disse que é de um xenófobo, um grupo neonazi, mais que isso não sabemos”, afirmou o xeique David Munir, citado pelo Observador: “O agente da PSP é que disse que é o número que os neonazis utilizam”.
Foi em 1143 que Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Zamora, no qual o então reino de Leão e Castela reconhecia o Condado Portucalense e o seu líder, o Rei D. Afonso Henriques.
Foi essa a data utilizada por uma claque (afeta ao Sporting) que chegou a ser dirigida por Mário Machado, o líder da extrema-direita portuguesa: é o Grupo 1143.
David Munir acrescentou que não tem conhecimento de um ato de vandalismo semelhante ocorrido numa mesquita lisboeta.
