Economia

Promessa com 21 anos fica por cumprir: Afinal, o Metro do Mondego vai ser um autocarro

A quatro meses das eleições, o povo da região do Mondego fica a saber que, pelo menos na campanha das próximas autárquicas, não vai ter de ouvir novamente a promessa que já tem 21 anos. O Metro do Mondego, iniciativa de um Governo socialista, vai afinal ser um serviço de autocarro, como vai anunciar hoje um ministro de um Governo socialista.

Pedro Marques, que detém a tutela do Planeamento e das Infraestruturas, vai apresentar hoje a “versão definitiva” do Sistema de Mobilidade do Mondego, que se baseia numa frota de 43 autocarros (todos elétricos) e abandona em definitiva uma solução sobre carris.

O projeto do “sistema metrobus” termina de vez com o Metro do Mondego, prometido pelo primeiro-ministro António Guterres (PS) em 1996, 14 anos antes do encerramento do Ramal da Lousã.

A promessa do Governo de então foi reafirmada também pelas Câmaras de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, os três concelhos que iriam ser servidos pelo metropolitano de superfície.

No final de 2009, tiveram início as obras de adaptação da bitola (para circulação do metro e não do comboio), logo suspensas no início de 2010 quando a CP encerrou o Ramal da Lousã.

Agora, de acordo com a Lusa, que cita um fonte governamental sem a identificar, os autarcas de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo terão dado luz verde ao sistema rodoviário proposto pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, que é suposto começar a funcionar em 2021.

Pelo menos este ano, os eleitores de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo não terão de ouvir os candidatos autárquicos prometer o Metro do Mondego. Basta lembrar que, ainda no final de novembro, o ministro Pedro Marques garantia que o Metro do Mondego “vai ser uma realidade”.

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