A solução para alguns dos professores não colocados ou com horário zero pode passar pela ‘transferência’ para um Centro de Ciência Viva. Foi o ministro da Educação, Nuno Crato, quem confirmou, ontem, que vai “reforçar” os 19 centros da rede.
Com uma solução, o Governo pode resolver dois problemas. Perante o ‘excesso de oferta’ no ensino (com a polémica do elevado número de professores com horário zero ainda em lume brando) e a falta de meios humanos nos 19 centros de Ciência Viva, o ministro da Educação, Nuno Crato, adiantou ontem que pretende “reforçar” a rede de sensibilização científica com o destacamento de mais professores.
Foi em Constância, quando confrontado pelo autarca local, que o governante anunciou o reforço: “respondo positivamente a essa questão porque entendemos o destacamento de professores para centros de ciência e outros locais onde se divulga a ciência como uma oportunidade para desenvolver o ensino e os professores desenvolverem os seus conhecimentos e as suas práticas de divulgação científica, que, depois, levam para as escolas”.
Como o “futuro melhor para os jovens passa por muitos deles terem carreiras técnicas e científicas”, Nuno Crato revelou também a intenção de lançar o programa “Ciência na Escola”, que terá como objetivo “incentivar” os alunos a conhecerem, mais de perto, laboratórios, museus e centros de ciência, bem como os próprios cientistas.
O ministro foi também confrontado com a redução do número de candidaturas ao ensino superior, que “tem baixado um pouco nos últimos anos”, mas alegou não ter os números da segunda e terceira fases de inscrições para se poder pronunciar.