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Produção de gás no campo Mamba, em Moçambique, começa até 2024, segundo a ENI

O presidente executivo da ENI disse hoje que a produção de gás no campo petrolífero Mamba, no norte de Moçambique, deve começar até 2024, uma vez que a Exxon deverá tomar a Decisão Final de Investimento a seguir ao verão.

“O projeto Mamba [que integra a portuguesa Galp] é gerido pela Exxon [líder do consórcio], nós trabalhamos no ‘upstream’ [distribuição de petróleo e gás] do projeto, e a Exxon deverá tomar a Decisão Final de Investimento a seguir ao verão”, disse Claudio Descalzi quando questionado pela Lusa sobre a revisão que o Governo de Moçambique está a fazer a este projeto ‘offshore’, na província de Cabo Delgado.

Na conferência de imprensa que terminou a sessão de apresentação da estratégia da petrolífera para os próximos três anos, que decorreu hoje em Milão, o presidente executivo da ENI disse esperar o início da produção até 2024.

“Estamos a trabalhar na parte do financiamento e também na venda de gás, estamos a progredir bem, e se conseguirmos a Decisão Final de Investimento este ano estamos bem encaminhados para começar a produção até 2024”, acrescentou o líder da ENI.

Questionado sobre se os ataques no norte do país podem colocar em causa estes prazos, Descalzi mostrou-se otimista com a situação atual, considerando que a intervenção do Governo melhorou a situação.

“Estamos claramente preocupados com os ataques, foi a primeira vez que foram tão fortes”, explicou.

“Nós não estamos lá [nos locais em terra], mas estamos preocupados pelos nossos colegas da EXXON e Anadarko. O Governo tomou iniciativas fortes, também através do diálogo, para criar um ambiente mais pacífico, e não houve mais ataques”, apontou Descalzi.

“A situação está calma agora, mas claramente antes de irmos trabalhar tínhamos de ter a certeza de que nada ia acontecer porque a segurança das pessoas é a primeira prioridade”, explicou.

O projeto Rovuma LNG, na jazida Mamba, é operado pela Mozambique Rovuma Venture, uma ‘joint venture’ cujos acionistas são a ExxonMobil, Eni e CNODC – China National Oil and Gas Exploration and Development Corporation, que, conjuntamente, detêm uma participação de 70 por cento por cento na concessão da área 4, cabendo três parcelas de 10 por cento à coreana Kogas, Galp Energia e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) de Moçambique.

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