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De ministra das Finanças a líder do PSD? “Não equaciono”, diz Albuquerque

maria luis albuquerque Com conhecimento de causa de um cargos, Maria Luís Albuquerque garantiu que presidir ao PSD “é ainda pior do que ser ministra das Finanças”. “Não é algo que ambicione”, garantiu, numa entrevista ao Sol: “Já desisti de lutar contra isso. Nunca ninguém me perguntou nada”.

“Ninguém” perguntou, mas Maria Luís Albuquerque respondeu na mesma: em entrevista ao Sol, a ministra das Finanças garantiu que “não equaciona” sequer a hipótese de, um dia, suceder a Pedro Passos Coelho como presidente do PSD.

“É uma coisa que não equaciono de todo. De todo. Ainda consegue ser pior do que ser ministro das Finanças”, garantiu a mulher que tutela essa mesma pasta, reforçando a ‘nega’: “É uma tarefa muito dura, muito difícil, muito penosa. Não é algo que eu ambicione”.

Apesar de rejeitar peremptoriamente a hipótese, Maria Luís Albuquerque não conseguiu explicar como surgiu essa “ideia” de ser a próxima líder dos ‘laranjas’.

“Eu já desisti de lutar contra isso”, respondeu: “Nunca ninguém me perguntou nada, resolveram achar que sim… Ainda me dei ao trabalho de dizer que não umas quantas vezes, mas agora também já desisti, já não faz diferença”.

O futuro da atual ministra vai passar por “uma carreira técnica”, uma vez que a chamada ao Governo “foi um acidente de percurso”, não resultando de “uma estratégia planeada”.

Na mesma entrevista, ao Sol, Maria Luís Albuquerque rejeitou também as alegações de que, quando Vítor Gaspar saiu do Governo, Paulo Portas terá tentado vetar o nome da atual ministra.

“Nós nunca tivemos uma má relação pessoal. Nunca. Nem antes, nem depois de eu ser ministra. Nunca achei que fosse uma questão pessoal e, portanto, nunca interferiu no relacionamento pessoal”, desdramatizou.

Em ano de eleições, Maria Luís Albuquerque recusou-se a deixar promessas quando ao “alívio fiscal” para garantiu que o Governo vai procurar “tomar decisões da parte da despesa para que o alívio fiscal seja possível”.

“O alívio fiscal é algo que ambicionamos todos. Não é uma matéria que separe o PSD e o CDS. Todos nós achamos que os impostos estão demasiado elevados e que devemos trabalhar para os baixar”, reconheceu a ministra.

A entrevista não poderia passar ao lado da recente polémica: os “cofres cheios” do país, de acordo com a expressão da própria Maria Luís Albuquerque.

“A minha ideia foi explicar as razões do aumento da dívida a que temos vindo a assistir”, argumentou a ministra, embora ressalvando que “voltaria a dizer” a mesma frase, alegando que esta foi “retirada do contexto” para induzir os eleitores em erro.

ml albuquerque big

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