O fundador do CDS, Freitas do Amaral, considerou na Figueira da Foz que o Governo, em “circunstâncias normais”, já deveria ter sido demitido pelo chefe de Estado. “O Presidente da República já devia ter mandado o Governo para as urtigas”, disse Freitas, revoltado com uma Alemanha que está a destruir a Europa. “Estamos a morrer aos bocados”, defendeu.
Segundo Freitas do Amaral, Cavaco Silva, que “não gosta de Passos Coelho”, só não demite o Governo porque Portugal não pode entrar em crise política. Na Figueira da Foz, o fundador do CDS defendeu que “em circunstâncias normais, o Presidente da República já devia ter mandado o Governo para as urtigas”.
Só uma conjuntura económica muito particular justifica que o executivo de Passos Coelho se mantenha em funções. Segundo Freitas, há na maioria PSD e CDS “competência a menos e insensatez a mais”.
E os líderes dos dois partidos da maioria estão a protagonizar “uma luta de galos” que não traz qualquer benefício ao país. “O Governo começou bem, mas vai acabar mal”, vaticinou.
Para o histórico político, Portugal está refém de uma Alemanha que está a destruir a Europa. “Estamos a morrer aos bocados”, defendeu, sem medo das palavras: “Era bem-feito que a Alemanha entrasse em recessão e que Merkel perdesse as eleições – ou pelo menos, que as não conseguisse maioria absoluta”, disparou Freitas.
A Alemanha é, segundo Freitas do Amaral, o culpado dos erros que a União Europeia está a cometer. Nesse sentido, os países da Zona Euro poderão ter de fazer “um ultimato económico” ao executivo de Merkel.