Mattias Muller, atual presidente da Porsche, será o novo CEO do Grupo Volkswagen, sucedendo a Martin Winterkorn, que se demitiu na sequência do escândalo que afetou o construtor de Volfsburgo depois de ter sido detetado que falseava os resultados sobre as emissões dos motores 2.0 TDi.
Muller assume a liderança do Grupo VW – no qual se incluem as marcas Audi, Volkswagen, Skoda, Seat, Bentley, Bugatti, MAN, Scania e Ducati – para além da Porsche, uma associada.
A decisão foi tomada numa Conselho de Supervisão do Grupo, que também ditou o afastamento do responsável da Volkswagen e da Audi nos Estados Unidos, Michael Horn, bem como os responsáveis de engenharia e desenvolvimento da Audi, o líder de engenharia da Porsche e o chefe de desenvolvimento da VW.
Mattias Muller, considerado como próximo do histórico líder da Volkswagen Ferdinand Piech e neto do criador do VW Carocha, assumiu o atual cargo de presidente da Porsche em 2010 e ao longo destes últimos cinco anos conseguiu aumentar os lucros da famosa marca de carros desportivos em quase dois terços. Através de uma renovação da marca, oferta de motores diesel e o lançamento do SUV compacto Macan.
Desde o início da década de 1970 que o presidente da Porsche trabalha no Grupo Volkswagen, tendo um passado ligado à técnica, considerado decisivo para resolver o atual imbróglio em que está envolvida a marca de Volfsburgo.
Aliás, Bernd Osterloh, do Conselho de Supervisão da VW, tinha afirmado numa carta aos associados do grupo que apenas aceitaria para CEO da Volkswagen alguém com conhecimentos tecnológicos e experiência de gestão da empresa.
Na corrida para CEO da Volkswagen também tinha sido apontado Herbert Diess, um ex-executivo da BMW, que este ano de tornou líder da Divisão VW no seio do grupo.
