Economia

Poupança: Moreira Rato diz que Portugal “recuperou marcadamente” em três anos

joao mor ratodinheiro v1 bigA taxa de poupança portuguesa “recuperou marcadamente” e está próxima das alemãs, revela João Moreira Rato. O presidente do IGCP salientou ainda as “boas perspetivas” com que o Estado lança os certificados do tesouro ‘Poupança Mais’.

Os portugueses estão a conseguir poupar mais, apesar dos crescentes cortes nos rendimentos. A garantia foi hoje deixada por João Moreira Rato, o presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP: “a taxa de poupança recuperou marcadamente nos últimos três anos, situa-se nos 13,6 por cento do rendimento disponível e aproxima-se das taxas de poupança alemãs, mesmo num contexto de decréscimo de rendimento disponível”.

As afirmações de Moreira Rato foram sustentadas pelos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE): no final de junho, a taxa de poupança correspondeu a 13,6 por cento do rendimento disponível, dois pontos percentuais acima do registado em 2012 e superior aos 9,1 por cento de 2011.

Os bancos, através dos depósitos bancários, continuam a merecer a maioria da confiança dos portugueses, representando 40 por cento do total dos ativos financeiros. Porém, o Estado prepara-se para concorrer no aforro com os novos certificados do tesouro ‘Poupança Mais’.

“As perspetivas são boas”, admitiu o presidente do IGCP, quando discursava na conferência “O valor da poupança e o rigor nas Finanças Públicas”, promovida hoje pelo Tribunal de Contas, em Lisboa, no âmbito do Dia Mundial da Poupança: “em termos relativos, hoje de manhã, registámos um volume de subscrições muito interessante no Aforro Net, o que indicia que vai haver muito interesse”.

Após a conferência, Moreira Rato abordou o eventual regresso de Portugal aos mercados, sustentando que “o nível de incerteza está espelhado nas taxas de juro” praticadas atualmente sobre a dívida portuguesa. “Todos os riscos políticos que possam existir têm impacto ao nível das taxas de juro”, frisou.

O presidente do IGCP manifestou estar confiante de que “a resolução de alguma incerteza em relação ao processo do ajustamento orçamental e ao nível do mecanismo de saída do programa vai ajudar a baixar as taxas”.

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