Os números do desemprego do Instituto Nacional de Estatística (INE), resultantes do Inquérito ao Emprego, apontam para um aumento da taxa de desemprego, que se situa agora nos 15,8 por cento. Nos nove primeiros meses do ano, a economia portuguesa perdeu cerca de 100 mil postos de trabalho, criando uma média de 370 novos desempregados a cada dia que passa.

A taxa do desemprego já atinge os 15,8 por cento, de acordo com dados do INE, relativos ao terceiro trimestre, no Inquérito ao Emprego. Portugal perdeu cerca de 100 mil postos de trabalho, nos primeiros três trimestres de 2012, ao que corresponde uma média diária de 370 novos desempregados por dia.

Os números do Inquérito ao Emprego publicados ontem representam um aumento de 0,8 por cento em comparação com o trimestre anterior (o segundo de 2012) e 3,4 pontos percentuais comparativamente com período homólogo de 2011.

No terceiro trimestre de 2012, houve mais 44 mil pessoas desempregadas, em comparação com o trimestre anterior. Já num paralelo com o ano passado, assinala-se 181 300 novos desempregados. O aumento do desemprego está acima das perspetivas, mesmo num quadro económico adverso.

As perspetivas do Governo para os próximos tempos apontam no sentido do aumento da taxa de desemprego. Confrontado com estes números do INE, o próprio primeiro-ministro, à margem da cerimónia de inauguração de arte das instalações da Sicasal, perspetivou que “o desemprego vai aumentar”.

“O desemprego é um processo pelo qual o país tem de passar”, afirmou Passos Coelho, baseando o seu discurso no processo de ajustamento das contas públicas, que implicam cortes nos rendimentos, perda do poder de compra, falências e emagrecimentos dos quadros das empresas, com repercussões na taxa de desemprego.

O primeiro-ministro promete, no entanto, “encontrar respostas”, para “atenuar os efeitos do desemprego”, sobretudo o de longa duração, que representa 70 por cento do total de desempregados.