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Portugal recebe a primeira visita oficial desde que a Palestina é Estado observador da ONU

riad al malikiPortugal votou a favor da aceitação da Palestina como Estado observador das Nações Unidas e, como agradecimento, o ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riad al-Maliki, efetuou a primeira visita de Estado oficial para agradecer pessoalmente ao “amigo” Paulo Portas.

É a primeira visita oficial dos mais altos responsáveis da Palestina enquanto Estado observador da Organização das Nações Unidas, estatuto conquistado recentemente e para o qual Portugal votou a favor. Para agradecer essa tomada de posição, o ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riad al-Maliki, veio pessoalmente a Portugal para se encontrar com o “amigo” Paulo Portas, que lidera a diplomacia nacional.

“Paulo Portas mostrou uma liderança notável e tomou uma posição muito forte quando foi preciso. Estamos orgulhosos e estou, pessoalmente, orgulhoso por ser amigo de Paulo Portas”, afirmou o ministro palestiniano, em Lisboa, agradecendo também aos restantes votos favoráveis oriundos da comunidade: “ficámos muito encorajados pela posição tomada pela União Europeia, em particular por Portugal”.

A União Europeia (UE) não fez mais do que a obrigação, respondeu-lhe o ministro português dos Negócios Estrangeiros. “A UE pode e deve fazer e dizer sobre o conflito do Médio Oriente o que outros parceiros não podem, definitivamente ou por enquanto, dizer ou fazer”, reforçou Portas, que também recebeu a visita do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, ao fim do segundo dia de visita oficial dos dois responsáveis palestinianos.

O voto de Portugal “representa a melhor aposta na paz” e é, ainda, “um reconhecimento da liderança da Autoridade Palestiniana”, salientou o governante português, satisfeito pelo “resultado alcançado na adopção pela Assembleia Geral das Nações Unidas de uma resolução que concedeu à Palestina o estatuto de Estado observador”, que permitirá à Palestina construir um Estado “independente e soberano” ao lado, “em paz e em segurança com o Estado de Israel”.

Para que a “paz e estabilidade” na região sejam uma realidade, Portas afirmou ser “essencial que sejam retomadas sem demora as negociações de paz”. Do lado de Israel, a resposta ao estatuto concedido pela ONU foi a expansão dos colonatos na Cisjordânia, ato “condenável”, defendeu o ministro português, porque “pode inviabilizar a construção de um segundo Estado, da Palestina, com continuidade territorial”, uma vez que parte dos colonatos estão em Jerusalém Oriental.

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