Dados do Eurostat indicam o setor da construção em Portugal caiu 18,2 por cento, em comparação com igual mês de 2011. A tendência de quebra é notada na União Europeia e na Zona Euro, mas de forma mais ligeira.

Números hoje divulgados pelo Eurostat, gabinete de estatísticas da União Europeia (UE) colocam Portugal no topo da lista de países com maiores quebras na construção, setor que está a regredir, quer na média da UE, quer na média da Zona Euro.

Os dados de setembro mostram uma queda na média da UE de 1,8 por cento, em comparação com agosto. No mesmo paralelo, nota-se uma descida de 1,4 pontos percentuais nos países que partilham a moeda. Já Portugal contribui para o avolumar desta descida, já que a quebra atinge os 13,4 por cento, em setembro.

Numa comparação entre os meses de setembro de 2011 e 2012, o Eurostat indica que Portugal assinala uma descida de 18,2 por cento, o que faz de Portugal o país da UE com maior quebra.

Itália (oito por cento), na Roménia (quatro por cento) e no Reino Unido (três pontos percentuais) são os países que se seguem, nesta lista onde a quebra na construção foi mais assinalável.

Em contraponto sequem a Eslovénia (com subida de 17,1 por cento), a Alemanha (2,7 pontos) e a Suécia (um por cento). Estes três países foram os que registaram maiores subidas no setor da construção, comparativamente com o mês de agosto de 2012.

A construção abrandou 2,6 por cento na Zona Euro e 5,8 pontos na média da União Europeia, numa comparação com o mês de setembro de 2011. Portugal assinala a maior descida, seguido da Itália e da Eslováquia.

Na mesma comparação homóloga – entre os meses de setembro de 2011 e 2012 – a Suécia é o país com maior crescimento do ramo da construção, enquanto a Alemanha surge em segundo lugar, com mais quatro pontos.

Os bancos portugueses concedem cada vez menos crédito às empresas de construção, de acordo com o boletim estatístico do Banco de Portugal, o que tem ajudado a este recuo do setor.