Economia

Portugal colocou 2000 milhões de renmimbi em Panda Bonds com juros de 4,09c por cento

Portugal colocou hoje dois mil milhões de renmimbi (260 milhões de euros) em ‘Panda Bonds’ a três anos com juros anuais de 4,09 por cento, anunciou em comunicado o tesouro português.

Segundo um comunicado divulgado no ‘site’ do IGCP, (Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública), a procura dos investidores pelos títulos “foi forte”, 3,165 vezes o montante colocado, tendo permitido rever em baixa a taxa de juro para 4,09 por cento.

Em 27 de maio, o IGCP tinha anunciado que iria colocar dois mil milhões de renmimbi (260 milhões de euros) em ‘Panda Bonds’ a três anos com a taxa de juro a variar entre 3,90 por cento e 4,5 por cento.

Esta operação de ‘Panda Bonds’ foi a primeira emissão em moeda chinesa de um país da zona euro e a terceira de um país europeu.

Com esta operação Portugal acedeu ao terceiro maior mercado de obrigações do mundo, refere ainda o IGCP.

A emissão realizada pelo IGCP só avançou depois de Portugal ter tido ‘luz verde’ das autoridades chinesas para emitir títulos de dívida em moeda chinesa – as chamadas ‘Panda Bonds’.

Na semana passada, quando confirmou a realização da operação, o secretário de Estado das Finanças afirmou que “o ‘pricing’ só seria fechado no dia da operação, mas antecipa-se que seja superior ao equivalente em euros”.

Ricardo Mourinho Félix adiantou que “é o custo de entrada num novo mercado”.

Também a presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, Cristina Casalinho, já disse que a emissão de ‘Panda Bonds’ surgiu como “uma oportunidade” para Portugal continuar a alargar a base de investidores.

“Hoje em dia dependemos crucialmente da base de investidores que temos e o que sabemos é que investidores que compram por exemplo em dívida alemã não investem em dívidas com níveis de risco mais elevado. Se a China pode surgir como uma alternativa de continuar no esforço de alargamento da base de investidores, é importante”, afirmou ainda a presidente do IGCP quando, na semana passada foi questionada sobre a operação.

Na ocasião, a presidente do IGCP disse que a operação demorou dois anos a ser negociada e que acredita que, apesar de ter uma taxa de juro associada “significativamente” mais elevada, compensará no longo prazo.

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