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Pordata lança retrato estatístico de 10,2 milhões, mais velhos do que novos

São 10,2 milhões, mais velhos que novos, num país em que nos últimos 50 anos, a taxa de mortalidade infantil se tornou numa das baixas da Europa, segundo o retrato estatístico de Portugal hoje divulgado.

Os 10.283.822 de portugueses contados nos dados da base de dados da Pordata, gerida pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, vivem com um risco de pobreza de 18,3 por cento (1,4 pontos acima da média da União Europeia).

Apenas 13,9 por cento da população têm menos de 15 anos (a média da UE é 15,6 por cento), enquanto 21,3 por cento têm mais de 65, segundo o retrato divulgado no Dia Europeu das Estatísticas.

Assim, Portugal é o terceiro país da União em rácio de idosos para jovens: 153 idosos para cada 100 jovens, só superado por Itália e Alemanha.

Entre os 15 e 64, o país está em cheio na média europeia, com 64,4 por cento das pessoas nessa faixa etária.

Em média, cada mulher tem 1,38 filhos, abaixo dos 1,59 da média europeia, com Portugal no 23.º lugar entre os 28 países membros da União Europeia.

A idade média para ter filhos situa-se nos 31,2 anos e 54,9 por cento dos nascimentos verificam-se fora do casamento, bem acima dos 20 por cento que se verificavam em 1993.

A taxa de mortalidade, que em 1960 se aproximava dos 90 por mil habitantes, está hoje em 2,7 por mil, abaixo da média europeia de 3,6 por cento.

Em 2018, houve mais 25.980 mortes do que nascimentos em Portugal, traduzindo uma variação negativa de 1,6 por cento, por oposição aos 2,1 por cento positivos da média europeia.

Os portugueses são dos mais gregários entre os povos da União Europeia, com apenas 23 por cento dos agregados familiares compostos por uma pessoa, o número mais baixo da UE, ‘ex aequo’ com a Croácia e a Eslováquia.

Na maior parte desses agregados (54 por cento) vive uma pessoa com mais de 65 anos.

Portugal é o país europeu com maior percentagem de pessoas entre os 25 e os 64 anos sem o ensino secundário ou superior (50,2 por cento), mais do dobro da média da UE, que se situa nos 21,9 por cento.

A taxa de abandono escolar entre os 18 e 24 é a sétima mais alta da UE, chegando aos 11,8 por cento em relação à média europeia de 10,6 por cento.

No seu retrato, a Pordata destaca ainda que 55 por cento dos doutoramentos pertencem a mulheres.

No que toca aos cuidados de saúde, os portugueses gastam 5,1 por cento do rendimento das famílias, a sexta percentagem mais alta no contexto da União Europeia, onde a média é de 04 por cento, segundo números de 2017.

Portugal é o terceiro país da União com mais médicos por 100 mil habitantes (497, face à média europeia de 360, mas está em vigésimo em relação ao número de camas disponíveis (339 por 100 mil habitantes, quando a média europeia é de 504.

Portugal está em sexto lugar no rácio de polícias por habitante (450 agentes por 100 mil habitantes, mas apenas 7,8 por cento do contingente são mulheres, a percentagem mais baixa em 23 países da UE para os quais há dados disponíveis.

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